5/06/2008

Eu dançava e cantava ao som de Johnny Rivers

Eita, pessoal!!! Passei uns quatro dias sem escrever para este blog, que é amado por uns e detestado por outros. Mas peço desculpas. A culpa é de Angélica. Mas, ontem, enquanto escrevia sobre o tema do meu livreto Tarzan no Cinema, deixei a TV ligada e... De repente, no programa da Hebe Camargo, escuto Johnny Rivers cantando.
Parei tudo e fui ver a cara do cara. Ele tá inteiraço nos seus 65 anos. Confesso: dinheiro e sucesso faz bem ao corpo. Todo homem e mulher que tem a carteira cheia de grana nunca envelhece.Né mesmo?
Pois o velho Johnny Rivers me fez voltar aos tempos da Cuba Libre (Coca-Cola com Bacardi) nas boates do Recife dos anos 70. Pois é!! Não pareço um sujeito que gosta de dançar, mas caía na farra ao som do Whiskey A Go Go. Tomava todas. Fumava todos e pegava as gatas para sair por aí no início da manhã do dia seguinte. Trêbado e pálido. Mas conseguia, às vezes, dar conta do recado com Rivers ainda ecoando nos meus ouvidos.
John Ramistella (Johnny Rivers) nasceu no dia sete de setembro de 1942, em Nova Iorque. Aos cinco anos a família mudou-se para a Louisiana. Já aos oito anos o artista começou a tocar guitarra influenciado pela música local. Então, pouco tempo depois Rivers resolveu montar sua própria banda: The Spades, ainda quando estava na Junior High Scool, e gravou pela primeira vez aos 14 anos, mas nada aconteceu.
De volta a Nova Yorque, em 1958, encontrou o famoso disk jókei Allan Freed, que se tornou conhecido por receber dinheiro das gravadoras para tocar os discos dos artistas. Freed morreu pobre e esquecido depois do escândalo. Foi o DJ que aconselhou ao cantor,compositor e guitarrista a mudar o nome para Johnny Rivers. Acertou na mosca. Em Birminghan, no Alabama, ele conheceu Audrey Williams, mulher do já famoso cantor country Hank Williams (que também criou o rockabille). O resultado é que rivers foi parar em Nashville, onde se fixou e gravou duas músicas, também sem resultado.
Porém, o homem se firmou como compositor. Até que em um dia qualquer de 1960 o guitarrista James Burton, que tocava na banda de Rick Nelson, convenceu o astro a gravar uma canção de Johnny Rivers, que fez sucesso. Segue por aqui, segue por lá e Rivers gostava de gastar seu tempo no bar Gazzan's. Uma noite o trio de jazz faltou e Bill Gazzari, dono do local, pediu para Rivers tocar seus rock'n'roll. Foi o bastante para a casa ficar lotada todas as noites, com a platéia ouvindo covers de Chuck Barry, Jerry Lee Lews, entre outros não menos famosos, numa ótima releitura de Rivers.
Em 64, já com uma certa fama underground, Johnny Rivers foi contratado por um ano pela famosa casa Whiskey A Go Go, recém inaugurada em Hollywood, na Califórnia. O artista ficou tão famoso que terminou gravando seu primeiro álbum Johnny Rivers Live At The Whiskey A Go Go. O trabalho foi um estouro e foi parar nas paradas da revista Billboard, ficando em 12. lugar nas paradas. Aliás, foi ele quem criou o estilo Go Go, que incluía belas dançarinas.

PENSAMENTO MUSICAL
"Caminhando pelo parque. Olhando as coisas que eram de nós dois. O sorvete e o trem fantasma. Roda gigante e carrocel. As canções que nós cantamos. Displicentes passeando". (canta Paulo Diniz)

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