8/29/2008

Michael Jackson: 50 anos de idade



Jackson, numa cadeira de rodas no mês de seu aniversário

Nesta sexta-feira 29 de julho de 2008 o astro da música pop Michael Jackson completou 50 anos de idade. Com uma aparência bizarra ele foge das comemorações, mas o cantor bem que poderia estar fazendo uma turnê comemorativa como Madona, que também acabou de completar seu meio século de vida linda e maravilhosa.
Mas, Michael Jackson não tem mais forças para sair por aí numa exaustiva turnê. Suas forças acabaram, e ele apareceu ao público muito magro e se apoiando numa muleta. Será que ele está gravemente doente? Isso ninguém sabe responder, mas sua aparência é péssima. Mesmo assim não deixa de chamar a atenção por onde quer que passe.
Ele continua sendo o ídolo de uma geração e continua vendendo discos. Afastado dos palcos e dos estúdios de gravação depois de ter sido acusado e absolvido de ter abusado de menores, Jackson não fez outra coisa ao não ser uma reedição do clássico Thriller, que continua vendendo, além de uma compilação intitulada King of Pop. Seu nome continua em alta, e ele não se apresenta ao vivo e não grava um novo disco porque não quer.
Michael Joseph Jackson, nascido em Gary, Indiana, no dia 29 de julho de 1958, no berço de uma família muito pobre, é cantor, instrumentista, produtor, dançarino e diretor de seus próprios clips. Ele é o sétimo filho de nove irmãos, e entrou na carreira solo na década de 70, ainda pela gravadora Motown, responsável pelo grupo que ele fez parte juntamente com os irmãos mais velhos, o Jackson Five.
Filho de Joseph e Katharine Jackson, ainda uma criança passou a fazer parte do conjunto formado por seus irmãos, e que o revelaria para o mundo. Michael Jackson, no entanto, tinha talento o bastante para suplantar os irmão na carreira solo, e foi o que aconteceu. Com isso, lançou 11 álbuns e 12 compilações que até hoje vendem e fazem a fortuna do artista que um dia sonhou em ser branco e fez o que fez com o seu rosto. O cume de sua rota solo foi a gravação de Thriller, o álbum mais vendido da história da música internacional. Nem com a acusação de abusar de menores fez com que ele deixasse de ser o astro pop que é até os dias de hoje.
Muitas notícias surgiram para mostrar que Mickel Jackson realmente havia enlouquecido. Uma delas era que ele dormia num sarcófago para não respirar o ar contaminado e conservar a juventude para sempre. De qualquer maneira, mesmo caindo aos pedaços, ele está aí, completado os seus 50 anos de vida quando muitos imaginavam que ele não passaria dos 45. O mais importante nisso tudo é que a música pop não revelou outro astro com o carisma de Jackson e com o seu talento nato. Michael Jackson chegou ao meio século de vida. Viva Michael Jackson!

PENSAMENTO MUSICAL
"Deus me fez um cara fraco. Desdentado e feio. Pele e osso simplesmente. Quase sem recheio. Mas se alguém me desafia. E põe a mãe no meio. Dou pernada à três por quatro. E nem me despenteio" (Chico Buarque de Hollanda)

8/28/2008

Robby Rosa faz turnê pela América Latina


Abaixo Robby e Angela Alvarado, sua mulher, contracenam no filme Salsa

Tive a oportunidade de conhecer pessoalmente o ex-Menudo Robby Rosa, enquanto morava no Brasil. E depois numa entrevista coletiva quando ele fazia parte de uma banda de rock americana. Simpático, atencioso, Robbi (hoje Draco Rosa) continua em plena atividade como cantor. Como produtor, também trabalha nos discos de Ricky Martin.

Só para variar, vou pedindo licença à Wikipédia para clonar o material sobre o artista. Com vocês, Draco Rosa!!

Nasceu no dia 27 de junho de 1969, foi batizado com o nome de Robert Edward Rosa Suárez, e, apesar de ter nascido em Long Island (NY), por suas veias corre o sangue portoriquenho de seus pais, para onde se mudou ainda criança, o que ajudou a reforçar suas raízes latinas.

Aos 8 anos já era integrante de um grupo infantil, chamado Admir.

Em 14 de fevereiro de 1984 ingressou no grupo Menudo, onde ficou conhecido como Robby Rosa. Permaneceu até 25 de fevereiro de 1987, sendo o primeiro e único integrante a abandonar o grupo por vontade própria. Isto aconteceu devido à sua insatisfação com a impossibilidade de incluir músicas que estava compondo no repertório do grupo. Os dirigentes do Menudo não aceitaram sua proposta e ele resolveu investir em sua carreira solo. Sua voz é considerada a melhor, de todas que passaram pelo grupo.

Logo após sua renúncia, veio ao Brasil, onde gravou 2 discos em português, intitulados com seu próprio nome. As músicas "Notícias de Você", "Chuva Fina" e "Hello" do primeiro álbum e "Ser Feliz" e "Coração nas Nuvens" do segundo, foram as de maior sucesso, alcançando os primeiros lugares nas paradas brasileiras.[carece de fontes?] Morou no Rio de Janeiro. Participou de vários programas de TV (Chacrinha, Raul Gil, Xou da Xuxa, Domingão do Faustão, e outros) e fez shows em vários Estados brasileiros.

Cinema

Pouco tempo depois protagonizou outro filme, uma comédia de produção franco-alemã intitulada Gummibarchen Kussit Man Nicht, em português: Homens de Verdade não Mascam Chiclete, também com Angela Alvarado. Draco compôs, produziu e interpretou duas músicas para a trilha sonora: "Angela" e "Little Woman", lançada pela RCA Records.

Década de 90

A década de 90 foi bem produtiva. Em Nova Iorque formou a banda Maggie's Dream, misturando hard rock, soul e funk. Abriu shows para The Fishbone, The Black Crowes, Faith No More, entre outros.

Em Los Angeles, mergulhou na arte da pintura, além da música e começou a escrever um livro em 1993, cujo protagonista vive no ano de 7069.

Casou-se com Angela Alvarado no dia 23 de março de 1990.

No mês de março de 1994, gravou os CDs Frio e Songbirds & Roosters, em Hollywood (CA), no Music Grinder Studios, porém somente o álbum Frío (todo em espanhol) foi lançado pela Sony Latin, onde as músicas "Cruzando Puertas", "Almas Diferentes/Almas Gemelas", "Frio" e "Casi Una Diosa" se destacam. Este CD inclui também a música "Cuando Pasará", que originalmente foi gravada pelo Menudo. Letras

Em 1995, mais precisamente no dia 05 de setembro, nasceu seu primeiro filho com Angela, batizado com o nome de Revel Angel.

Ainda em 1995, foi convidado a produzir e compor canções para o novo álbum de Ricky Martin. Como nunca havia produzido ou composto para outros cantores, seu primeiro impulso foi o de rejeitar o convite, porém, sua situação financeira não era muito boa: morava em um pequeno apartamento, tinha um carro velho, um filho recém-nascido e uma dívida no hospital... Resolveu aceitar com a condição de que seu nome não aparecesse. Usando o pseudônimo de Ian Blake, Draco trabalhou na produção e composição do álbum A Medio Vivir, que teve a música Maria como sucesso mundial.

Paralelamente, formou uma banda com Sander Schloss, ex-integrante do Circle Jerk, chamada Sweet and Low.

Em junho de 1996 surgiu Vagabundo, gravado em Londres. É o disco que mais agradou Draco, além de ter sido considerado o melhor álbum de rock em espanhol dos últimos tempos pela Spin Magazine's.[carece de fontes?] Algumas canções deste álbum: "Vagabundo", "Madre Tierra", "Llanto Subterráneo", "Blanca Mujer" e "Brujeria". Letras Esta produção é descrita como gótica, influenciada literariamente por "Poetas Malditos" como Arthur Rimbaud, Charles Baudelaire e William Blake.


Apesar de usar o nome Robi Draco Rosa para promoção do álbum Vagabundo, trocou seu nome legalmente para Draco Cornelius Rosa no começo da década de 90.

A canção "Madre Tierra" ganhou o Billboard International Latin Music Award na categoria de vídeo de rock do ano, em 25 de abril de 1997.

Em fevereiro de 1998, Draco criou a Phantom Vox Corporation, que é um misto de estúdio de gravações e uma empresa voltada a toda e qualquer forma de arte e cultura de Porto Rico. A Phantom Vox ("voz do fantasma"), é um ponto de reunião para seus seguidores. Um lugar onde é possível escutar um programa de rádio de Hip Hop, conseguir bolsas para o Conservatorio de Musica, além de um espaço destinado ao Museu de Arte Contemporânea e ao Museu de Porto Rico. Suas palavras: "No sólo es musica... son piezas, corazón, palabras y locura". (Tradução: Não é somente música... são obras, coração, palavras e loucura.) Fotos e Mais


Com a mulher, no filme Salsa

Neste mesmo ano, participou do 4.º Festival de Rock Al Parque, na Colômbia. O Rock Al Parque é considerado o maior festival gratuito e ao ar livre da América Latina.

Voltou a trabalhar com Ricky Martin, compondo, produzindo e fazendo parte dos coros de Vuelve, outro CD de sucesso de Ricky Martin, onde a música "La Copa de La Vida" foi escolhida para representar a Copa do Mundo.

O álbum Songbirds & Roosters, gravado em 1994, foi lançado em 1998, com os temas que havia interpretado em Frío, porém transformando suas histórias e cantando em inglês. "Cruzando Puertas" mudou para "Rosa María", "Cuándo Pasará" para "Junkie" e "Frío" para "Blindman's Parade", entre outras. Letras

Dolores del Infante foi o pseudônimo utilizado na co-produção do álbum Corazón, no ano de 1999, para Ednita Nazario, uma famosa cantora portoriquenha, a qual é amiga de Draco desde os tempos de Menudo. Aúdio

Em 1999 e 2000, retornou a parceria com Ricky Martin, no lançamento do primeiro e segundo CDs em inglês, intitulados, respectivamente, Ricky Martin e Sound Loaded.

Draco é co-autor de vários temas famosos de Ricky Martin, entre eles se destacam "Volverás" e "María" do álbum A Medio Vivir (1995), "Por Arriba, Por Abajo" e "La Copa de La Vida" do álbum Vuelve (1998), "Livin´ La Vida Loca" e "Shake Your Bon-Bon" do álbum Ricky Martin (1999), "She Bangs" e "Loaded" do álbum Sound Loaded (2000), entre outras. Por seu trabalho como produtor e compositor dos êxitos de Ricky Martin, foi indicado quatro vezes para os prêmios Grammy.

Em maio de 2000, em Los Angeles, ganhou prêmios no 7th Annual Latin Awards da BMI, como co-autor das canções "Livin' La Vida Loca" e "Perdido Sin Ti". Mais

Draco também compôs e produziu três canções para o álbum Noche de Cuatro Lunas, no ano de 2000, para Julio Iglesias. São elas: "No es Amor Ni es Amar", "Noche de Cuatro Lunas" e "Te Voy a Contar Mi Vida". Aúdio

No dia 05 de fevereiro de 2001, nasceu Redamo Cicero, segundo filho de Draco e Angela Alvarado. Fotos

Lançou a coletânea Libertad Del Alma (2001), que ficou na lista da Billboard, entre os 11 melhores álbuns latinos, com dois temas inéditos: "Commitment #4" e "Como Me Acuerdo". Para a música "Commitment #4", foi produzido um vídeo sobre a situação da Ilha de Vieques, que vem sendo utilizada como base para exercícios da Marinha dos Estados Unidos há pelo menos 60 anos, causando, comprovadamente, danos à saúde da população. Consciente politicamente, Draco luta a favor da causa de Vieques, e por este motivo acabou detido, de 6 de maio a 14 de junho de 2001, junto com o ator Edward James Olmes e o advogado ambientalista Robert Kennedy Jr., por invadirem a Zona de Segurança da Marinha da ilha ao promoverem um ato de desobediência civil. Draco destina parte da quantia arrecadada em seus shows para a causa de Vieques. Fotos

Em outubro do mesmo ano, a Phantom Vox colocou o site www.phvx.com no ar, explorando, apoiando e divulgando toda forma de arte de Porto Rico.

Draco encerrou 2001 com o show Libertad Del Alma Concert, em San Juan, Porto Rico, com o Coliseo Roberto Clemente lotado de fãs de todas as idades, que mais uma vez saíram satisfeitos de uma grande apresentação. Fotos

Participou do show Paz en la Paz, que aconteceu no Capitolio de San Juan, Porto Rico, em agosto de 2002. Deixou sua mensagem e criticou a triste realidade de sua busca pela paz. Fotos e Vídeo

No decorrer do mesmo ano, participou das gravações do especial de Natal produzido pelo Banco Popular de Porto Rico, intitulado Encuentro, junto a Rubén Blades e Juan Luis Guerra, com gravação de CD e DVD. O convite foi feito por terem sido considerados os três artistas de maior destaque e influência na América Latina e foi ao ar no final do ano. Fotos e Aúdios

Num misto de jazz e rock, em março de 2004 foi gravado o álbum Mad Love, com a maioria das canções em inglês, cujas canções "Crash Push", "Dancing In The Rain" e "Lie Without a Lover" foram as de maior sucesso. Letras e Mais Para Draco, Mad Love reúne 15 capítulos que mostram a pureza do homem em seus 'altos e baixos'. Saiu em turnê pelo mundo, passando por diversos países, como Japão, EUA, Espanha, França, Alemanha, Panamá, Argentina, Colômbia, Cingapura e Brasil. Vídeos , Argentina e Brasil

Depois de Mad Love, o álbum em espanhol Como Me Acuerdo foi lançado em agosto de 2004. Além das canções inéditas "Canción de Cuna" e "Bandera", Draco reuniu nesta recompilação vários sucessos, algumas com uma nova roupagem, como a canção "Cuando Pasará" e "Volver", que inclusive passou a se chamar "Bajo La Piel". Letras

Ainda no ano de 2004, teve três indicações ao Grammy Latino: "Melhor Álbum", "Melhor Música" e "Melhor Vídeo". O video "Más Y Más", dirigido por Angela Alvarado, levou a estatueta no dia 7 de setembro. Detalhe interessante: Draco não ficou com o prêmio. O mesmo foi doado à uma escola de arte de Porto Rico, como representação do que é lutar e triunfar. Fotos e Vídeos

Retornou a Porto Rico em grande estilo. No dia 18 de setembro de 2004 realizou o show Al Natural, no Coliseo José Miguel Agrelot (Coliseo de Porto Rico), com gravação do CD/DVD, lançado no ano seguinte, novamente com a direção de Angela Alvarado. Letras e Vídeo

No início de novembro, participou da 10.ª edição do Festival Rock Al Parque, na Colômbia. Tranquilo e sereno, deixou claro a importância do Festival em sua vida, com canções que geralmente nunca canta ao vivo. Fotos

Entre junho e julho de 2005, Draco excursionou pela Espanha, abrindo os shows de Lenny Kravitz e Juan Luis Guerra em suas turnês, apresentando o álbum Como Me Acuerdo. Fotos

Brindou novamente o povo boricua com o show Draco Live, realizados no Centro de Bellas Artes Luis A. Ferré, nos dias 16, 17 e 18 de setembro de 2005. Êxito total, com ingressos esgotados em pouco tempo, o que obrigou a produção a realizar mais dois shows extras, que aconteceram nos dias 20 e 21 de outubro, também com casa cheia. Draco foi enfático ao levar sua mensagem contra a guerra e a violência. Fotos

Durante a coletiva de imprensa, Draco apresentou um automóvel Scion, modelo XB, a ser leiloado no mesmo mês, no portal eBay. Levando seu autógrafo, o "dracomóvel" levou uma pintura semelhante às suas tatuagens, e foi assinada pelo artista Javier Garcia. Fotos

No dia 19 de dezembro do mesmo ano, o multi-artista Celso Gonzalez produziu uma exposição chamada El Ultimo Viaje: El Entierro de Robi Rosa, no Museu de Arte Contemporânea de Porto Rico. Simbolicamente, deixou o nome Robi Rosa de 1984 a 1996 para trás, e passou a usar simplesmente Draco, oficialmente. Mais

De 4 de fevereiro a 30 de julho de 2006, Draco emprestou seu Dodge Charger 1968 (é apaixonado por carros antigos) e sua valiosa guitarra acústica Everly Brothers, da marca Gibson de 1966, para exposição na Feira “ENCORE! Cars & Guitars of Rock‘n Roll II”, que se realizou no Petersen Automotive Museum de Los Angeles. Fotos

Convidado para se apresentar junto a Carlos Santana, Draco participou em julho de 2006 do "40th Montreux Jazz Festival", na Suíça. Além de cantar com Santana, colaborou com outros artistas, entre eles Deep Purple e Herbie Hancock. Para Draco, fazer parte do Festival foi uma consagração musical. Suas palavras resumem a emoção: "Para mi és um honor y um privilegio ser parte del Festival más importante del mundo. Mis más grandes inspiraciones vienen del jazz y el rock. Y estar em la misma tarima donde tocó Miles y compartirla com Santana és surreal!" (Tradução: "Para mim é uma honra e um privilégio fazer parte do Festival mais importante do mundo. Minhas maiores inspirações vem do jazz e rock. E estar no mesmo palco onde tocou Miles Davis e compartilhá-lo com Santana é surreal!) Fotos

Em setembro de 2006, Draco se separou da Sony Music, e passa a usar o selo de sua própria gravadora/produtora, a PHVX.

O ano de 2007 está sendo muito especial para Draco. No início do ano foi lançado um calendário, pela PHVX. No dia 10 de julho lançou sua mais nova produção: Draco Y El Teatro Del Absurdo, pelo seu próprio selo (inicialmente em Porto Rico), com canções que expressam muita poesia, esperança política e uma pitada de excentricidade. Letras

Nos dias 28 e 29 de setembro, os fãs se deleitaram com mais uma mostra de todo o talento de Draco, em shows que lotaram o Choliseo José M. Agrelot, em San Juan - Porto Rico. O cenário relembrou seu estúdio de gravação PHVX, em Los Angeles, com imagens de revolucionários, como o argentino Che Guevara, os portoriquenhos Filiberto Ojeda Ríos e Pedro Albizu Campos, e uma bandeira de Lares (centro de Porto Rico). Apresentou vários sucessos dos álbuns Frio e Vagabundo, sendo que a maioria das canções foram do álbum que dá nome ao show: Y El Teatro Del Absurdo. Uma das maiores surpresas foi a interpretação de sua própria versão do sucesso Livin' La Vida Loca ao megafone.

Até o final deste ano, Draco visitará a Espanha, onde lançará seu disco em uma versão que incluirá uma música do cantor espanhol Camarón. Logo mais, visitará a China em caráter pessoal e gravará outro disco.[carece de fontes?]

Em 2008, Draco se concentrará em sua turnê de shows pela América Latina e diversas cidades da California.


Discografia

Menudo

  • 1984 - Menudo - Mania
  • 1984 - Menudo - Reaching Out
  • 1984 - Menudo - Evolucion
  • 1985 - Menudo - Explosion
  • 1985 - Menudo - Ayer y Hoy
  • 1985 - Menudo - Festa Vai Começar
  • 1986 - Menudo - Viva! Bravo!
  • 1986 - Menudo - Refrescante
  • 1986 - Menudo - Refrescante (Portugues)
  • 1986 - Menudo - Can't Get Enough

Carreira Solo

  • 1988 - Robby Rosa (Portugues)
  • 1989 - Robby Rosa (Português)
  • 1988 - Salsa (Soundtrack)
  • 1990 - Maggie's Dream
  • 1994 - Frio
  • 1996 - Vagabundo
  • 1998 - Songbirds & Roosters (original 1984)
  • 2001 - Libertad Del Alma (coletanea)
  • 2002 - Encuentro (Com Rubén Blades e Juan Luis Guerra)
  • 2004 - Como Me Acuerdo
  • 2004 - Mad love
  • 2005 - Al Natural (live)
  • 2007 - El Teatro del Absurdo

  • 1988 - Salsa - O Filme Quente
  • 1988 - Homens de Verdade não Mascam Chiclete

PENSAMENTO

"Sou o negro gato de arrepiar. E essa minha vida é mesmo de amargar.Só mesmo no telhado aos outros desacato. Eu sou o negro gato" (Getúlio Cortêz)


8/23/2008

Luis Miguel, um recordista de vendas de disco






Abaixo Luis Miguel, ainda criança e o selo de seu primeiro disco.
Por sugestão da querida amiga Maria Isabel, de Coimbra, Portugal, buscamos saber um pouco do cantor Luis Miguel, que desde cedo começou a carreira artística de sucesso. Ainda um garoto de 11 anos de idade ele se apresentou pela primeira vez, em 1981, no programa de TV Siempre Domingo,
e agradou ao público. Muitas vezes, ainda um menino, esteve no programa do Gugu Liberato, que tem um programa aos domingos, Sistema Brasileiro de Televisão (SBT).
Miguel é um homem que vive longe dos escândalos, e atualmente está bem casado com Aracely Arámbula, com quem teve um filho em dezembro de 2006, e atualmente o casal já está esperando o segundo, mas não quer saber o sexo do bebê. Tanto faz ser menino ou menina. O casal quer esperar a novidade como nos velhos tempos, quando a criança vir ao mundo.
Autor de uma proeza invejável, o cantor Luis Miguel já vendeu mais de 60 milhões de discos e conquistou diversos prêmios por sua carreira bem sucedida, como por exemplo uma estrela na Calçada da Fama, em Hollywood, como reconhecimento pelo seu talento artístico, além de nove Grammys ( um feito e tanto para qualquer artista ), e bater o recorde em 1999 por tornar-se o cantor latino mais visto ao vivo na história da música.
Luis Miguel, embora tenha quase todas as mulheres do mundo aos seus pés, é um homem ciumento, pois quase termina com o casamento com a cantora, apresentadora e atriz mexicana, de 33 anos, Aracely Aràmbula (que atualmente tem um programa, aos domingos, voltado para os bebês), por ela ter aceito posar nua no ano de 2006. Mas, como resultado da reconciliação, os dois tiveram um filho em dezembro daquele ano. Luiz Miguel gravou seu primeiro disco em 1982, aos 12 anos de idade, e participou de seu primeiro filme, Fiebre de Amor, em 1984, então com 14 anos de idade. E, com 15 anos levou seu primeiro Grammy pela canção Me Gusta Tal como Eres, gravada em dueto com Sheena Easton. A consagração total se deu quando, aos 20 anos de idade, gravou um CD com título 20 Años, vendendo mais de 600 mil cópias em apenas uma semana. Não foi por menos que em 1994 o ponto alto de sua carreira foi gravar em dueto com Frank Sinatra a canção Fly With Me, do álbum do cantor americano Sinatra Duets II.

PENSAMENTO MUSICAL

"Pare.Não pense demais.Repare essas velas no cais. Que a vida é cigana. é caravana. É pedra de gelo ao Sol. Que degelou teus olhos tão sóis. Num mar de água clara" (Geraldo Azevedo-Carlos Fernando)

Luiz Miguel observa sua mulher Aracely dando de mamar ao filhos dos dois. Mais embaixo, a cantora e atriz em pose sexy



8/21/2008

Ricky Martin torna-se papai


Ontem os jornais do mundo inteiro publicaram que o cantor porto-riquenho Ricky Martin finalmente se tornou papai aos 38 anos de idade. A notícia foi dada pela assessoria do artista, que anunciou que Martin foi pai de gêmeos no dia seis de agosto de 2008. Porém, tudo aconteceu graças a uma mãe de aluguel, que não teve o nome divulgado. As crianças, que nasceram através do método de inseminação artificial, se encontram em bom estado de saúde e sob os cuidados de um dos mais famosos papai do mundo artístico.

PENSAMENTO MUSICAL
"Sei que há de vir o dia em que vou morrer. De susto de bala ou vício. Num principício de nuvens...Nos braços da camponesa, guerrilheira, manequim, ai de mim. Nos braços de quem me queira" (Canta Caetano Veloso)

8/19/2008

Nico, a Rainha Dark

Nico, a musa dark

Nesta postagem estamos prestando uma homenagem ao grupo Velvet Underground e à Rainha Dark, Nico, que foi uma das vocalistas da banda que também tinha como integrante o lendário Lou Reed. O material foi clonado da UOL e escrito pelo crítico e jornalista Alexandre Matias.




Usada pela primeira vez em público no lançamento mundial do ballet "O Quebra-Nozes" de
Tchaikovsky, em 1892, a celesta é uma espécie de xilofone acionado por um teclado, cujo som lembra uma caixinha-de-música. Havia uma no estúdio Mayfair, quando, em novembro de 1966, o Velvet Underground foi gravar a última música para seu disco de estréia. O produtor Tom Wilson - que havia monitorado a célebre gravação de 'Like a Rolling Stone', de Bob Dylan, e, depois de ir para a Verve, lançara o primeiro disco de Frank Zappa - queria um single e pediu mais uma música para o grupo, que havia encerrado a gravação de seu primeiro disco há mais de um semestre, em abril de 1966.

Ele também queria a modelo alemã Nico no vocal. Lou Reed até tinha uma música pronta para dar para Nico - não gostava da idéia de ficar em segundo plano em seu próprio show, mas o empresário Andy Warhol gostava dela e ele mesmo se aproveitava da situação -, mas não ia ser no primeiro single de sua banda. E assumiu ele mesmo os vocais de "Sunday Morning", restando a John Cale, que encontrara a celesta no estúdio, a criar um clima menos tenso e agressivo do que havia sido gravado meses antes.

CÂNDIDO E ASSUSTADOR
Com formação erudita e experiência em trabalhar em grupo - após estágios intensos com maestros excêntricos -, Cale havia sido responsável pelas gravações do primeiro disco do grupo, apesar da presença de técnicos de som e do próprio Andy Warhol pairando como produtor. Mas era ele quem dava forma, no estúdio, ao caos proposital que era o Velvet Underground ao vivo. Quando Wilson cogitou uma faixa mais tranqüila, aquilo fez completo sentido para Cale, que transformou uma balada lo-fi de Lou - veríamos várias primas dela no terceiro disco da banda - em um cândido e assustador clima de paranóia e ressaca, criando a melhor introdução para a tensão que viria a seguir.

A celesta cantarola uma melodia mecânica acompanhada por duas notas de baixo, que abrem a canção com cordas ao fundo e, pouco a pouco, a aparição da viola de Cale. Antes disso, Reed tranqüilo sussurra: "Cuidado! O mundo está atrás de você! Sempre haverá alguém por perto que irá chamar - e não é nada demais", acompanhado por vocais distantes de Nico. Dedilhando um pequeno exercício no instrumento, Cale criou uma introdução leve e barroca que reinventou uma música de bailinho para um ambiente hostil e agressivo - e, de quebra, apresentou o Velvet Underground ao universo das gravações postas à venda (o compacto saiu em dezembro de 1966 com "Femme Fatale" no lado B e, claro, não vendeu nada), como a abertura de um dos discos mais emblemáticos da história da música popular.

A ORIGEM DO CULTO
The Velvet Underground and Nico é o exemplo definitivo de como uma obra de arte pode dar origem a um culto. Concorrentes nesta categoria não faltam e a maior parte deles não tem nada a ver com música: o séquito de J.R.R. Tolkien e seu Senhor dos Anéis aos fãs de anime e mangá ou de cinema de horror, passando pela mitologia de Jornada nas Estrela e pela literatura beat. Todos eles iniciaram como uma mania de um punhado de malucos e foi crescendo até atingir maneirismos de religião, com dogmas, rituais, palavras de ordem, frases de efeito, vestimentas, hagiografia, templos e lugares sagrados. O que o Velvet vendia não era só um estilo de vida, era a negação de um estilo de vida. Foi quando pela primeira vez um item pop recusou-se a ser tratado como item à venda e em vez de dizer como era seu universo ideal, cogitava a possibilidade de não existir esse tipo de coisa.

Se o rock é um dos melhores exemplos do American Way-of-Life, quando o self-made-man torna-se astro, o rock alternativo, o gênero de artistas aparentemente desconexos, como Cure, Sonic Youth e Beastie Boys, e que nasceu propriamente no disco Velvet Underground and Nico é o culto ao outsider, à decadência européia, à Arte com letra maiúscula.
Cínicos e cinzas
Cínicos e cinzas
Em vez de chamar os outros para juntar-se à sua igreja, o grupo nova-iorquino cogitava que cada um fundasse sua própria religião. De repente, sorrisos, músicas de amor e ritmos dançantes deixavam de ser a única opção no mercado de discos.

ERA 1967...
Claro que isso não é mérito único, uma vez que o Velvet nasceu na mesma geração que transformaria o rock na melhor tradução do espírito coletivo da época, fantasma que nos persegue até hoje. O amadurecimento da fusão de blues e country proposta por Elvis, Chuck Berry e Little Richards foi inaugurado no histórico encontro dos Beatles com Bob Dylan, quando Bob apresentou a maconha para o grupo, selando na forma de um baseado uma troca de experiências que já estava acontecendo em disco: Dylan ficando mais pop, os Beatles ficando mais sérios, ambos se comparando, sempre.

É quando o rock de garagem deixa de ser falta de opção e torna-se estética, quando nascem as primeiras cores da psicodelia californiana e londrina e Jim Morrison funda os Doors. O mítico 1967 teve o dom de mexer profundamente na carreira de qualquer artista vivo naquela época: Caetano, Godard, Beach Boys, Miles Davis, Zappa, Pink Floyd, Coltrane, Antonioni, James Brown, Kubrick, Who, Cream, só pra ficarmos em poucos medalhões. Não é de se estranhar que o estrago que o cinema europeu e o jazz moderno fizeram na história é contemporâneo, e conceitualmente muito próximo deste final dos anos 60. Mas foi o Velvet quem levou adiante o "foda-se" que o rock de garagem começava a dar para as regras do pop a partir de "Louie Louie".

Tudo no Velvet parecia pronto para se tornar objeto mitológico. Desde as origens de seus dois fundadores: Lou Reed era compositor de aluguel de uma gravadora de fundo de quintal e estudante de literatura, John Cale vinha da música de vanguarda e teve aulas com John Cage e depois formou o grupo de drone Dream Syndicate, com La Monte Young. O primeiro papo dos dois sobre tocar juntos deixa claro que ambos não queriam compromisso com o sucesso e sim fazer o que quisessem.

DANÇA DA AVESTRUZ
Lou, nova-iorquino, vivia, e ainda vive, uma cruzada pessoal: fazer rock como se fosse literatura. "Shakespeare e Dostoievski para os discos", dizia. Queria trazer a realidade das ruas de sua cidade para um veículo que fosse verdadeiramente popular. E sempre foi apaixonado por música pop, de diferentes níveis e vertentes: a ponto de gravar sua primeira canção aos 14 anos e arrumar emprego numa gravadora meia-boca. Antes de chegar à maioridade, foi submetido a tratamentos de choque, uma vez que seus pais queriam reprimir suas tendências homossexuais.

O galês Cale, por outro lado, aproximou-se do rock devido ao ruído. Com pouco mais de 20 anos, já havia experimentado alguns extremos musicais: foi um dos músicos que ajudou Cage a executar sua mais longa obra, uma peça de piano com 18 horas de duração e com o Dream Syndicate, esticava notas inteiras por horas, criando efeitos que remetiam à música oriental de meditação. Ao montar uma banda de rock, queria ir para além da música e extrapolar os limites do som.

Um protótipo de banda já existia antes da entrada de Cale, quando Reed compôs e lançou, pela gravadora em que trabalhava, a minúscula Pickwick, uma "dancinha" pra ver se colava no rádio. "The Ostrich" era algo como "A Dança do Avestruz". Só que Lou já se mostrava mais que irônico, uma vez que a letra da música falava para você enfiar sua cabeça num buraco e arrumar alguém para pisar em cima dela. A música foi lançada e Reed teve que montar o grupo que tocava a música para fazer alguns shows de lançamento. Os Primitives, uma banda que só existia em estúdio, começariam com a
entrada de Cale e de um amigo de Lou na segunda guitarra, o grandalhão Sterling Morrison, e o percussionista Angus MacLise. Trocaram de nomes algumas vezes (The Warlocks, The Falling Spikes) e fizeram alguns shows promovidos por rádio e tocaram para adolescentes que berravam pelo simples fato de estarem vendo uma banda de rock ao vivo - e logo se deram conta da piada que era aquele mundo das paradas de sucesso. E transformaram o avesso desta piada em seu rumo musical.

PORNOGRAFIA VAGABUNDA
Logo Lou Reed começaria a compor músicas com temas menos apropriados para o rádio, como drogas pesadas e sexo sadomasoquista. Este último tema havia sido tirado da capa do livro que batizaria a banda com seu nome definitivo. The Velvet Underground era um livro pornô vagabundo, mas sua capa cheia de chicotes, botas e couro, além da palavra "underground" (em voga devido à ascensão da cena de cineastas experimentais nos EUA na década de 50, do chamado cinema underground) no título deram um clique na cabeça de Reed. Era isso: mostrar o lado cru da vida, ser experimental como o cinema alternativo, mas fazendo rock. MacLise saiu da banda e Morrison chamou a irmã de um amigo para assumir a bateria. Maureen "Mo" Tucker logo daria sua contribuição crucial para a banda, além do ritmo preciso e constante (sem firulas, zero solo), ela tocava de pé seu kit de tambores e pratos. Que, para acompanhar o ruído da banda, começou a ter latas de lixo incluídas.

Quando começaram a fazer show no Café Bizarre, um muquifo no Greenwich Village, foram percebidos por alguns poucos perdidos que passavam por ali. O clima era tão fora do normal, tanto em termos toscos, quanto inusitados, que quando Gerard Malanga começou a dançar em frente aos shows do grupo, ninguém achou estranho. Misturando dança moderna e bicho-grilismo com verniz intelectual de araque, as coreografias de Malanga logo se tornaram parte das apresentações, principalmente quando a banda tocava "Venus in Furs" e "Heroin".

LANCE DE PELE
A primeira era uma música cujo título havia saído de um dos principais livros do pai do termo masoquismo, o austríaco Leopold von Sacher-Masoch, Vênus de Peles, e descrevia situações clássicas de relações sexuais que uniam dor e prazer, enumerando os clichês do gênero. Sem uma mudança de acorde sequer, a faixa era ponteada pela viola aguda de Cale, marcando o tempo da música como um misto de relógio e aparelho de tortura. "Heroin", o primeiro grande conto de Lou Reed, não tinha meios-termos. Começava provocativa desde o título e tentava traduzir em palavras o que acontece na cabeça de um viciado em heroína ("Eu... Não Sei... Onde estou indo..."). "Heroína... é minha vida, minha esposa", balbuciava Lou Reed depois da banda despencar de uma jam session de barulho ensurdecedor, alternando dois míseros acordes.

Em outras faixas tiravam o glamour das drogas, colocando-as na rotina mundana de qualquer periferia. Tanto "Run Run Run" quanto "I'm Waiting for the Man" (com seu piano martelando os dois acordes sem parar, batendo na cabeça do ouvinte) falavam da rua e da noite - e sua relação com o tráfico de drogas rumo ao consumidor final, seja em pós ou pílulas. A obsessão pelo sintético era traduzida no som, que ainda era uma banda de rock, mas tocando uma mesma estrutura rítmica sem parar, insistentemente. Nestas canções, o grupo se entregava em jam session que passavam dos dez minutos em cima de um mesmo tema, sem parar.

A CONEXÃO WARHOL
Um dos perdidos que percebeu a banda foi Paul Morrissey, cineasta nova-iorquino e compadre do artista plástico Andy Warhol. Ele acionou o parceiro na hora, sabendo que este procurava expandir sua noção de arte para outras mídias. Já havia causado nas artes plásticas ao mostrar telas com produtos expostos no supermercado e fotos de divulgação coloridas manualmente. Colidia os conceitos de arte e mercado de forma
provocativa, sempre perguntando para a crítica e para o público se aquilo era arte e como dizer que aquilo não era arte. Foi um dos caras que inventou o conceito de hype consciente e, depois dos museus e salas de cinema (fazia filmes intermináveis em que nada acontecia pois achava que a sala de cinema ainda era inexplorada como espaço de convívio social), queria abraçar o mundo da música pop.

Andy Warhol e o Velvet Underground foram feitos um para o outro. A banda caiu nos braços do artista, que brincava de ser empresário de banda de rock pela primeira vez e transformou o show da banda em um espetáculo com sua assinatura. E o show do Velvet logo se transformaria em um espetáculo multimídia chamado Andy Warhol Uptight!. Andy trazia toda a trupe da Factory (seu estúdio-base) para continuar o choque de sentidos que imaginava ser um show de rock. Acrescentou à dança a principal musa de seus filmes, Edie Sedgwick, que agora fazia dupla com Malanga. Sobre o grupo, rolavam projeções de filmes de Warhol e Morrissey, enquanto Danny Williams cuidava do sistema de iluminação, Nat Finkelstein tirava fotos dos espectadores sem se anunciar e Bárbara Rubin filmava o público e fazia perguntas constrangedoras para registrar reações tortas.

Era a versão nova-iorquina para o que já vinha acontecendo em San Francisco (nas festas de Ki-Suco Elétrico promovidas por Ken Kesey ao som do Grateful Dead) e em Londres (nas noitadas intermináveis do povo do jornal International Times, ao som do Pink Floyd). Mas se na Califórnia essa combinação parecia um monte de vagabundos chapados e na Inglaterra abria conexões improváveis com a cultura pagã e a era vitoriana, em Nova York ela era oferecida cínica e cinza.

A HORA DE NICO
A musa dark Nico
A musa dark Nico

E para criar o contraponto para uma banda que se apresentava de preto e de óculos escuros, Andy chamou uma modelo e atriz que andava ao seu redor. Nico já havia participado de alguns filmes de Warhol e tinha um pequeno currículo invejável: uma ponta em La Dolce Vita, de Fellini, um filho que dizia ser de Alain Delon, uma música de Dylan composta para ela ("I'll Keep It With Mine"), um compacto lançado pela gravadora do empresário dos Stones e uma gravação com Serge Gainsbourg. Sua presença gelada e sotaque carregado ajudavam a abrir portas - ninguém resistia ao tamanho da mulher. Nem Andy Warhol, que a colocou sob um holofote branco e na frente do Velvet, fazendo Reed entregar algumas composições para ela.

Para Nico, Lou Reed passou "All Tomorrow's Parties", que ganhou o tom solene com sua voz. "Mo" segurava o ritmo constante, monótono, alternando bumbo e pandeiro, enquanto Cale novamente criava uma base repetitiva a partir de um exercício de piano clássico. O clima de estranheza era acrescido da guitarra de Reed, com todas as cordas afinadas em ré. Por cima de tudo, Nico sobrevoava como uma sombra gigantesca, anoitecendo as tais festas de amanhã com um vocal quase robótico.

As outras duas músicas de Nico haviam sido compostas para ela: a bossa-novinha "Femme Fatale" chegava a ser óbvia e era claramente um elogio a seus dotes "artisticos" e um agrado para Andy Warhol, enquanto uma das mais belas canções de Reed, "I'll Be Your Mirror", sugere até que, em algum momento, o próprio Lou havia cedido aos encantos de Nico. A banda não gostou da ingerência, mas ela não era parte do grupo, e sim de um novo espetáculo multimídia que Andy Warhol estava montando. E o Uptight!, que aconteceu na Cinematheque nova-iorquina em fevereiro de 1966, com mais cara de performance do que de show, era só o ensaio para o novo projeto do papa da picaretagem.

VAIAS E TRAPALHADAS
O Exploding Plastic Inevitable (o nome do novo espetáculo havia sido pinçado por Morrissey de palavras escolhidas aleatoriamente na contracapa do disco Bringing it All Back Home, de Bob Dylan, que traz Rubin na capa, ao lado de Dylan) rodou os Estados Unidos durante em 1966 sob vaias e trapalhadas. A completa inexperiência de Warhol em gerir uma banda era o melhor contraponto para uma banda que afrontava o público fora de Nova York. Junkies branquelos gays do mundo da moda e das artes plásticas, mesmo para os timidamente freaks anos 60, era muito pra cabeça das pessoas. Mas todo o barulho ajudava a lenda da banda crescer. Na Califórnia, se tretaram com os fãs do Grateful Dead e de Frank Zappa, mas chamaram a atenção de Marshall McLuhan. O nome de Warhol atraía um outro tipo de público para os shows de rock e a colisão entre pop e maturidade proposta no encontro dos Beatles com Bob Dylan ganhava contornos radicais e caricatos.

Mas toda a confusão era pequena perto do impacto sonoro do grupo. Explorando fronteiras do ruído inéditas para a música pop, o Velvet embarcava em jam sessions intermináveis ou em canções curtas e diretas, que aos poucos surgiam no repertório para tomar espaço de covers dos anos 50, como "There She Goes Again". Mas ainda havia improvisos insuportáveis como "Black Angel's Death Song" e "European Son", que eram feitas para incomodar o público. Era uma continuação natural da negação de Dylan ao tornar-se elétrico, só que os limites da eletricidade eram muito mais amplos.

ENFIM, O LANÇAMENTO
Quando a banda gravou o disco em abril de 1966, a relação entre o circo original já estava desgastada. Não havia previsão de lançamento do disco e a banda gravou sem ter um produtor de fato. Apesar da lenda manter que a produção do disco é de Andy, havia só uma pessoa com o mínimo de noção de gravação no estúdio Scepter (o técnico John Licata), o que forçou o executivo Norman Dolph a dar uma mão para a banda durante os registros. No fim, John Cale foi quem soube traduzir o espírito do grupo para o estúdio, embora Lou Reed nunca tenha dado o braço a torcer e prefira dar crédito a Warhol, que mesmo que não tivesse produzido o disco de fato, foi quem propiciou sua existência. O Exploding Plastic Inevitable se apresentaria pela última vez naquele mesmo mês - e o Velvet continuaria esperando notícias sobre o lançamento do disco.

Em novembro de 1966, voltaram mais uma vez para o estúdio, o Mayfair, para gravar mais uma faixa ("Sunday Morning"), pois o disco seria lançado em 1967. E assim foi, em março, com a clássica capa com a banana estilizada por Andy Warhol e o nome da banda antecendendo o nome da vocalista, em mais uma negação dos valores estabelecidos. A contracapa, no entanto, causou problemas para o grupo, pois havia uma foto em que o rosto do ator Eric Emerson aparecia projetado sobre a banda em um filme de Andy (Chelsea Girls). Correndo o risco de tomar processo, a gravadora MGM recolheu o disco das lojas na semana em que as resenhas começaram a aparecer nos jornais e revistas. Mesmo quem quisesse saber o que era o grupo não conseguia encontrá-lo.

O disco só voltou às lojas dois meses depois - e sem conseguir tocar no rádio (basicamente devido aos temas), o Velvet iniciava sua carreira cult ao
nunca figurar na parada dos 100 discos mais vendidos da semana, dando origem à clássica frase atribuída a Brian Eno: "Poucas pessoas compraram Velvet Underground & Nico. Mas quem comprou, montou uma banda".


8/11/2008

Ricky Martin, um sucesso incontestável









Rick, no tempo do Menudo e hoje
O tempo passa e a gente nem percebe. Parece que foi ontem que os integrantes do conjunto Menundos, do Porto Rico, estiveram no Brasil. Naquela época, só as adolescentes adoravam o grupo. A Imprensa execrava. Como ninguém queria comparecer à coletiva, eu fui. Centenas de adolescentes do lado de fora do hotel. No hall do hotel a coletiva tumultuada, com Edgard Diaz (proprietário e produtor dos Menudos) discutindo comigo por causa de um pergunta. Terminada a entrevista, na qual compareceu toda a mídia, olhei para um lado e vi um garoto encostado na parede, olhando para os jornalistas que não chegaram junto dele. Só os mais conhecidos eram procurados, inclusive para autógrafos. Mas eu fui até ele, que na época tinha 14 anos. Tímido ele me confessou como entrara no Menudo depois de duas tentativas fracassadas. Eu fiz uma premonição: "Menino, você vai chegar lá. Vai ser um cantor famoso". Bom, aconteceu. O nome do adolescente é Ricky Martin.
Enrique Martin Morales nasceu em San Juan, Porto Rico, em 24 de dezembro de 1971, filho de Nereida Morales e Enrique Martin Morales, que se separaram quando Rick tinha apenas dois anos de idade. Porém, o artista já era bonito desde o berço, e de saída ganhou o concurso de bebê mais lindo de Porto Rico. Seu caminho estava traçado. Com o incentivo da mãe tornou-se modelo infantil, além de atuar em peças de teatro, comerciais de TV e cantar em coro de igreja.
Finalmente, em 1984 o sucesso chegou em forma de conjunto Menudo (na realidade os rapazes do grupo gravavam discos e nos shows faziam apenas a mímica, pois não tinha instrumentos e músicos no palco), que superlotou o estádio do Morumbi, São Paulo, no ano seguinte, atraindo mais de 120 mil pessoas. Rick Martin passou um bom tempo como integrante do grupo porto-riquenho, saindo em 1989 para dar continuidade aos estudos em Nova Iorque.
Em Nova Iorque ele concluiu parte dos estudos e depois se transferiu para o México, onde trabalhou como cantor e ator na novela Alcanzar Una Estrela, no musical Mamá Ama el Rock e na versão para o cinema de Alcanzar Una Estrela. Finalmente, aos 19 anos lançou seu primeiro disco solo mas sem muita repercussão. Seus caminhos seriam abertos a partir de 1993 com o segundo álbum, Me Amaras, que teve um bom destaque no México, culminando com o sucesso Maria, do álbum A Medio Vivir, canção que foi incluída na nova Salsa e Merengue, da TV Globo do Brasil. O resultado foi uma vendagem no país de mais de 600 mil cópias do disco. Com o sucesso da canção Maria, ele gravou a canção tema do filme Hércules, da Disney, e ninguém segurou mais o rapaz.
Seu álbum de maior sucesso foi Vivin'la Vida Loca, culminando com uma turnê na Ásia, europa, EUA e América Latina, lotando todos os espaços por onde passou. O resultado da fama foram certas declarações de gente que diz que é sua amiga, como o guru dos cosméticos Ale Henriksen, que afirmou para uma revista que Rick Martin "é gay". Porém, isso pouco importa, pois em 2007 ele se apresentou em Lisboa, Portugal, no Pavilhão Atlântico (projetado pelo arquiteto português Regino Cruz), levando mais de 15 mil pessoas ao delírio, na continuidade de sua bem sucedida turnê Blanco y Negro. Nada mal para quem começou no Menudo e sobreviveu a toda aquela onde de Edgard Dias, um dos empresários mais vivos da música de Porto Rico. Ricky chegou à marca dos 32 milhões de álbuns vendidos e cerca de mais de oito milhões de singles.

Especialmente a postagem de hoje é dedicada a Maria Isabel, de Coimbra, Portugal. Ela é uma jovem que gosta da boa música, e atualmente na sua seleção de canções para ouvir enquanto dirige o seu automóvel está a composição Amor I Love You, interpretada por Marisa Montte junto com os Tribalistas Carlinhos Brown e Arnaldo antunes.

PENSAMENTO
"A sexualidade e sensualidade são coisas completamente diferentes. Sensualidade é algo que eu deixo para o meu próprio espelho (?)".


8/06/2008

Elvis Presley, o maior de todos os tempos




Elvis Presley em dois momentos de sua vida. Quando ainda era um jovem sonhador e no final, gordo e doente.






Ele foi um dos mais belos homens de seu tempo. Além do carisma natural Elvis Presley tinha uma voz excelente, ótima postura em palco e sabia explorar como ninguém toda sua sensualidade, ganhando assim fãs nos quatro cantos do mundo. Não é à toa que ainda hoje seus covers e imitadores fazem questão de manter a chama acesa em convenções anuais, participando de festivais interpretando Elvis Presley e tendo assegurado os "15 minutos de fama". Elvis Presley nasceu em East Tupelo, no Mississipe, nos EUA, no dia oito de janeiro de 1935, no berço de uma família muito pobre. Filho de Vernon e Gladys Presley, teve um irmão gêmeo que morreu pouco depois do parto, deixando um Elvis impressionado com a ausência do irmão.
Conhecido como Elvis The Pelvis pela sua maneira extravagante de dançar e requebrar nos shows, ele deixou um lagado musical que ainda hoje torna-o o maior vendedor de discos de todos os tempos, vendendo cerca de dois bilhões de cópias em todo o mundo. Mas o seu carisma artístico não se deteve apenas na bela aparência, mas também pelo timbre de sua voz, principalmente na maturidade. Por isso foi considerado o melhor cantor do Século XX. Ainda hoje, mesmo depois de morto, Elvis é embatível, e não tem substituto.
Ele foi e ainda é um dos maiores ícones da cultura popular mundial. O Rei do rock gravou dezenas e dezenas de hits que ficarão na história da música. Presley também foi galã de cinema, mas para quem gosta daqueles filmes musicais melosos produzidos para engordar a sua conta bancária e a do seu esperto empresário "Coronel" Tom Parker.
Dezenas de filmes foram rodados tendo Elvis como principal participante. Geralmente eram musicais onde o rapaz bonito se metia em encrencas e no fim ficava com a mocinha. Filmes tolos mas que não chegaram a abalar a seu prestígio.
Sua grande virtude somada à sua beleza física foi o seu alcance de voz, que atingia, segundo os especialistas, notas musicais de difícil alcance para um cantor pop. Com isso Elvis Presley conquistou o mundo, sem no entanto fazer uma turnê fora do eixo EUA-Hawaí-Canadá. No fim da carreira, excesivamente gordo, se acostumou em se apresentar nos cassinos de Las Vegas, e diga-se de passagem, tudo isso forçado pelo manager Tom Parker, que explorou o artista até quando pôde, sobrevivendo ao cantor.
Mas a verdade é que 31 anos depois de sua morte Presley continua the best, pois é detentor do maior número de hits nas paradas do mundo inteiro, tornando-se um recordista de vendas de discos. Elvis vem de ascendência escocesa por parte de seu pai Vernon, que viu seu filho participar de um concurso de novos talentos na Feira Mississipe-Alabama, faturando o segundo lugar e cinco dólares como prêmio. Com isso, o bonitão e mulherengo Vernon resolveu comprar um violão para o garoto.
Como era filho de uma família muito pobre, Elvis começou a trabalhar cedo, primeiro como lanterninha de um cinema e depois como motorista de caminhão para ajudar no orçamento da casa. Nas horas vagas costumava se distrair tocando seu violão e cantando músicas gospel, além do blues que ele costumava ouvir no velho rádio de sua casa. Em julho de 1953, aos 18 anos, gravou seu primeiro disco experimental no Memphis Recording Service, uma filial da Sun Records. Dizem que esse disco ele deu de presente para a sua mãe Gladys, já que era o dia de seu aniversário.
Pouco tempo depois ele voltou aos estúdios a pedido de Sam Phillips, dono da Sun Records, que lhe pediu para gravar músicas countrys e as que Elvis quisesse. Depois de um bom tempo de gravação, Phillips não ficou satisfeito com o resultado e pediu um tempo para almoçar. Os músicos, Elvis Presley e a secretária ficaram nos estúdios (ela no aquário da técnica). Foi então que o jovem Elvis Presley, descontraído, pediu para que o conjunto acelerasse o beat de That's All Right Mama, transformando assim, um blues em rock'n'roll. Quando Sam Phillips voltou, a secretária mostrou a gravação do improviso. Phillips arregalou os olhos e pediu para que ela aumentasse o som: "Meu Deus!, disse ele. "Encontrei um branco com a voz de um negro!". Foi o bastante para que as gravações fossem retomadas e o produtor pediu a Elvis e aos músicos que fizessem a mesma coisa que tinham feito na sua ausência. O resultado foi um disco com That's All Right Mama de um lado e Blue Moon Of Kentuck do outro. Elvis Presley e Sam Philips estavam com o mapa da mina nas mãos. As duas canções invadiram as rádios e os lares dos americanos. Os negros aceitando tudo por pensarem se tratar de um outro negro cantando. Já os brancos não estavam nem aí, pois o importante para eles eram as músicas que lhes faziam dançar.Elvis Presley tornou-se um ídolo em pouco tempo de costa à costa dos Estados Unidos, chegando a suplantar o então maior ídolo dos americanos, Frank Sinatra, simplesmente denominado de A Voz. Mas, se por um lado a juventude adorava seu ídolo, os pais simplesmente execravam aquele rapaz topetudo, de violão em punho e disparando seus sucessos e os sucessos dos outros, mas de uma forma tão irreverente que a igreja via no Rei do Rock uma espécie de êxtase sexual nos palcos. Na verdade era isso mesmo. As garotas molhavam as calcinhas e Elvis fazia um amor imaginário com todas elas.
Apesar de tudo correr bem e o dinheiro entrar na conta de Elvis e do "Coronel" como uma torrente, o cantor foi aconselhado pelo empresário e deixar tudo de lado e servir o Exército, como uma espécie de exemplo para a juventude rebelde. Elvis aparou os cabelos, vestiu o uniforme e foi para a Alemanha (nesse período passou a consumir anfetaminas para evitar o sono durante a guarda), não sem antes sofrer o maior drama de sua vida: Gladys, que era alcóolatra, havia morrido de um ataque fulminante do coração. Naquele momento, paradoxalmente à sua dor, o artista era o maior ídolo mundial de todos os tempos.

Elvis Presley era viciado em drogas? Cheirava cocaína? Usava heroína? Fumava maconha? Não. Nesse ponto Elvis era careta, mas consumia uma quantidade imensa de remédios prescritos pelo Dr. George Nickopoulos (era Elvis quem exigia, lógico). Ele perdeu o controle no início da década de 1970, quando era fissurado em leitura de bulas. Porém, sua angustia tinha uma razão de ser: tinha problema no cólon (deslocamento) que lhe causava dores horríveis, além de estar com um sério problema no fígado devido ao excessivo consumo de todo o tipo de comprimido, em Memphis, no Tennessee, na sua mansão, deixando viúva Priscilla Presley e órfão Lisa Marie Presley, que então contava apenas nove anos de idade. Elvis Presley morreu no seu banheiro particular.

PENSAMENTO
"No dia em que tiver em minhas mão um cantor branco com a voz de um negro, eu ganharei um milhão de dólares " (Sam Phillips, que realmente teve seu um milhão de dólares ao vender o passe do Rei do Rock para uma poderosa gravadora multinacional)

8/02/2008

Lou Reed: "O punk está mais vivo do que nunca"

Lou Reed, ao lado em recente entrevista no auditório do Austin Convention Center, este ano, e abaixo na década de 1970

Lews Allen Reed, mais conhecido como Lou Reed está com um pique de fazer inveja. Aos 66 anos está fazendo turnê para comemorar os 35 anos de lançamento do álbum Berlin. Este mês ele fez um de seus shows no Teatro Cervantes, em Málaga, Espanha, levando o público ao delírio.
Nascido em dois de março de 1942, no Brooklyn, Nova Iorque, nos EUA, Lou Reed, que foi um dos vocais solo da banda Velvet Underground, e influenciou artistas do quilate de David Bowie, Iggy Pop e o conjunto New York Dolls. Para muitos ele é o pai da música alternativa e poeta das esquinas de Nova Iorque, pois algumas de suas canções falam dos que transitam por lá.
Lou Reed é um artista sem papas na língua. Diz o que lhe vier na cabeça, e por isso mesmo tornou-se uma figura polêmica. Para variar, deixou meio mundo curioso com relação à sua vida particular quando descoloriu o cabelo e passou um bom tempo vivendo com um travesti. Inclusive, para não fugir às regras da época do sexo drogas e rock'n'roll, esteve internado devido ao seu envolvimento com drogas pesadas. Fã declarado de Edgar Allan Poe, James Joyce e Raymond Chandler, a quem fez referências no álbum The Blue Mask, de 1982, ele continua sua carreira com o entusiasmo de um adolescente, e dá a receita: "Nunca ouça suas coisas antigas. Se você faz isso, então não é mais um músico. Você é somente um idiota nostálgico auto-insatisfeito que não está mais interessado em inventar nada". Paradoxalmente Lou Reed saiu em turnê este ano para comemorar um disco lançado há 35 anos.
Incansável, o roqueiro agora está apresentando um programa na Rádio Satélite Sirius, semanalmente, batizado de Lou Reed's New York Shoffler. É um programa no formato livre e sua estréia aconteceu no dia 17 de maio de 2008 com grande índice de audiência. "Há anos sou fã da rádio eclética, como a rádio FM do passado, quando era possível ouvir estações tocando música de todos os tipos, desde o rock até o country, jazz e ópera. Vamos tentar levar aos ouvintes da Sirius sons de todos os cantos do mundo", disse ele, na véspera da estréia de seu programa.
Haja comemoração do álbum Berlin. Recentemente aconteceu a estréia do filme Lou Reed's Berlin, de Julian Schnabel, um documentário filmado em 2006. Mas segundo o cantor, poeta, compositor e instrumentista, o disco Berlin "simboliza e sintetiza o final de uma fase horrível na minha vida, que começou logo após o final do Velvet Underground". Apesar de estar numa rádio, Lou Reed detona a era digital: "A cultura digital tornou mais fácil fazer coisas péssimas". Ao longo de sua carreira, Reed lançou doze discos com o Velvet Underground e 27 álbuns solos, sendo que oito discos foram gravados ao vivo.

PENSAMENTO
"O espírito punk sempre vai existir, porque esse tipo de força jovem só tem duas opções: a música ou a cadeia. O punk está mais vivo do que nunca"(Lou Reed)