2/06/2009

!!!Eu Quero É Botar Meu Bloco Na Rua!!!!!

O ano era o de 1972. A década mais chata de todos os tempos dava seus primeiros passos. Mas, foi nessa época que apareceu uma dezena de artistas que fizeram a história da Música Popular Brasileira engrenar de vez. Neste ano, a música que tirou o primeiro lugar no Festival Internacional da Canção (FIC) foi Fio Maravilha, de Jorge Ben (jó), interpretada por Maria Alcina.

Maria Alcina: Fio Maravilha

Nesse mesmo espetáculo, no Maracañazinho, quem roubou a cena foi Raul Seixas com sua mistura de baião e rock'n'roll: Let Me Sing. Depois, ninguém segurou o mago, pois todos já sabem o que o rapaz fez. Uma outra música dele foi Eu Sou Eu Nicuri é o Diabo, que foi interpretada pela ótima banda Os Lobos (não confundir com a mexicana Los Lobos). Também foi nesse festival que vários artistas mostraram que estavam ali para ficar. Entre estes Sergio Sampaio com o seu Eu quero É Botar Meu Bloco na Rua. A canção deu fama e dinheiro momentâneo ao cantor-compositor, mas depois ele se tornou maldito. a música foi tocada exaustivamente nas emissoras de rádio do Brasil.
Raul Seixas sem barbicha

Os nordestinos daquela nova geração de cantores-intérpretes foram revelados justamente naquele FIC. Foram os pernambucanos Alceu Valença e Geraldo Azevedo, que entregaram a composição Papagaio do Futuro para o mestre Jackson do Pandeiro interpretar. Do Ceará Raimundo Fagner e Belchior entraram com a canção Quatro Graus, e o coutro cearense Ednardo mandou ver com Bip-Bip. Mas quem levantou o público mesmo foi Raul Seixas, que apareceu com blusão de couro preto, calças também pretas e de couro, e com um topete no melhor estilo Elvis Presley. O gingado de Raulzito fez a platéia dançar e chegar ao delírio.
Sergio Sampaio, o maldito
Olha só algumas gírias daquele início dos 70:
Adoidado: Muito, mas muito mesmo....
Barato: Sensação boa...
Bode: Sensação ruim... ( Ih! Bicho! Deu o bode!)
Sujeira: repressão, entregação... (Cara!!! É sujeira...)
Podes Crer: Exortação de extrema concordância... (um cara conta uma história enorme e o outro fica ouvido. No final, aquele que ouviu o depoimento do amigo concorda com tudo: Podes crer, bicho!).
Querem saber mais? Comprem o Almanaque Anos 70, da Ediouro, escrito por Ana maria Bahiana.



Meu sobrinho Rick nas mãos de Eddie, do Iron. Arte do artista gráfico e agora diretor de animação Wav, que está preparando o desenho animado na base da computção gráfica O Gladiador.




1/28/2009

Falem bem ou mal, mas falem de mim



Mas vejam só. O blog saiu do ar por algumas horas porque escreveram para o Google dizendo que o seu conteúdo é "questionável". Pois sim. Isso é gente que não sabe o que diz, e portanto não sabe o que faz. O Revival Records jamais publicou inverdades. Tudo o que foi escrito não pode ser questionado por ninguém. Me lembrei agora da velha censura militar, que poldava os pensamentos sem mesmo saber o significado dos mesmos. Por isso eu acredito que este blog está incomodando muita gente que não tem capacidade para fazer algo parecido e fica escrevendo bobagens a respeito das postagens.
Realmente tem momentos que costumo brincar. Um desses momentos foi publicar (e continuarei publicando) uma montagem feito pelo artista gráfico Wav, onde ele me colocou ao lado de John Lennon e Madonna. Três momentos realmente hilários para quem aprecia uma boa leitura e tem humor. Mas, acontece que tem gente que, atingida pela inveja, resolve perturbar com a vida de quem encara esse trabalho de blogueiro muito a sério.
Por isso quero dizer que vou continuar na minha viagem de postar matérias sobre o mundo da música. Quem achar ruim que procure outro blog (têm dezenas falando sobre o mesmo assunto que eu). Porém, acredito que, pelo número de visitantes, que ultrapassou os 60 mil, este blog está cumprindo seu papel de forma exemplar.
Sem mais para o momento (estou pensando em como reformular o blog), adoto as palavras de Oscar Wilde: " Falem bem ou mal, mas falem de mim".
Wilde Portella

1/20/2009

Eu's e Eles



Por que continuo tão ligado na Madonna quando ela escolheu o menino Jesus para tascar um beijão na boca? Não tem nada não. Estou apenas mostrando algumas das artes que meu irmão Wavson (Wav) anda aprontando para este blog aqui.
Enquanto isso, continuo viajando no show de Elton john. Muito bom. Ganhou dos Rolling Stones tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro. O grande lance é que a voz de Elton está ótima e ele tem um time de músicos de primeira. Então sai tudo redondinho. Uma maravilha da grande estrela pop internacional.
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Enquanto isso vão dando uma olhada e conferindo as artes que Wav (artista gráfico, programador visual e desenhista de mão cheia) fez comigo e a turma de astros. A de John Lennon, por exemplo, eu dei uma viagem ao passado do passado para entervistar o cara via simbiose astral paranormal. Então, o resultado foi a foto pra lá de genial. Vamos nessa? Ah! Também virei estátua. A conversa tá meia assim, doidona e viajada não é? Mas é que eu próprio estou viajadão e não querendo nada com nada. PENSAMENTO MUSICAL

"Não existe nada mais Z do que uma platéia classe A". (Caetano Veloso)

1/13/2009

Roberto Carlos, Rei também na Bossa Nova


Interessante. Quando Roberto Carlos começou sua carreira, queria porque queria cantar Bossa Nova. Com a ajuda de Carlos Imperial (grande Carlos Imperial) gravou um compacto simples com duas canções de Bossa Nova. Chegou a cantar nas boates tradicionais, mas foi rejeitado pelos bossanovistas. Com aquela sua voz Roberto parecia uma cópia de o mestre João Gilberto. Além disso, Roberto vinha de uma família humilde.
Entre os bossanovistas que renegaram Roberto Carlos estavam Ronaldo Bôscoli (que depois, por ironia do destino trabalhou para RC), Carlinhos Lyra, Roberto Menescal e Nara Leão, entre outros não menos famosos que levaram a Bossa Nova para o mundo inteiro ouvir. Mas, um mestre João Gilberto, às vezes entrava na boate que Roberto estava cantando e ficava lá, escondido do público de Roberto, ouvindo-o cantar. E gostava. Um dia, interpelado pelos bossanovistas, João afirmou que gostava de Roberto carlos, que ele cantava bem. Todos ficaram de queixo caído. Afinal não era um qualquer que dizia que Roberto Carlos cantava bem Bossa Nova. Era João Gilberto, o criador da Bossa.
Ano Passado, comemorando os 50 anos de Bossa Nova, convidaram Roberto Carlos e Cateano Veloso para fazerem um especial interpretando canções bossanovistas. O resultado é que Roberto botou caetano no bolso. Interpretou as músicas como ninguém e segurou a herança para si. Roberto é um excelente intérprete. Não foi surpresa vê-lo à vontade cantando músicas de Tom Jobim e João Gilberto. O disco foi lançado. E o tom certo da Bossa Nova está na voz do eterno Rei da Jovem Guarda.

12/30/2008

Valeu 2008! A moça de biquini é Preta Gil, viu? Madonna está nua à beira da estrada








Mais um ano se passou e eu nem sequer ouvi falar seu nome. Onde estás nesta tarde vazia e mornal? Não importa, sei que estás lendo o que está escrito nesta postagem. Com 2008 tivemos tantos eventos, tantos discos lançados e... Tivemos também a queda da Mulher Melancia. Se alguém viu, tudo bem. Vamos rever de novo. A moça caiu feio e não teve o charme da queda da Madonna.
Falando em Madonna, segue umas fotos dela peladinha há alguns anos. Numa época em que a cantora nem sonhava que iria ganhar tanto dinheiro e se tornar uma milionária do show biz. Mas, vale a pena conferir. Não só as fotos da Madonna, mas a de Xuxa. Sim, nossa querida Xuxa, que posou nua quando ainda era uma jovem sonhadora. E tem mais, muito mais...
Aproveito a oportunidade para agradecer todos aqueles que tiveram paciência para ler este blog. Para mim, em termos de retorno ao blog, foi perfeito. Só é conferir os números e ver que estou certo, contente... E muito, mas muito feliz. Para o ano de 2009 eu vou modificar um pouco o Revival Records. Não sei como vai ficar, mas que vai mudar, isso vai!
Então, pra você que me esqueceu, aquele abraço! Para você que está lendo esta postagem...Aquele abraço. Valeu o retorno de quem se deu ao trabalho de escrever para comentar as matérias ou meter o cacete em alguns, como foi ocaso da moça que escreveu revoltada porque os Birds detestavam os Monkees. Mas, o que fazer? Cada um tem seu gosto, não é? Então um feliz 2009 para todos. VALEU!

12/17/2008

Madona e outros babados

Mais um ano se passou com muitas novidades. Mas a melhor foi a vinda da Madona ao Brasil para fazer dois shows. Um no Rio de Janeiro e outro em São Paulo. A cantora está mais em forma do que nunca. Não é que ela ficou com um bumbum pra cima depois de levar um tombo no palco? Mas nem tomou conhecimento do fato. Continuou cantando e encantando o público de 70 mil pessoas que estava presente ao espetáculo. Depois, não satisfeita, caiu no embalo até de madrugada. Haja saúde para essa cinquentona tesuda e linda de viver. Viva Madona!!!!!
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A outra novidade é a vinda da banda Iron Maiden para o Brasil. Desta vez começa a turnê no Recife, no estádio do Arrudão, o José do Rego Maciel. Quem primeiro me mandou a novidade foi meu cunhado Henry Jaepelt, que me enviou uma cópia do cartaz pelo Orkut. Como ele é fã do conjunto, deve estar vibrando com a vinda dos caras para terras brasileiras. Afinal de contas, Iron Maiden é banda de primeira categoria, e continua tão boa quanto antes. Atenção metaleiros de plantão, o concerto acontece no dia 15 de março de 2009. Imperdível!

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Só para não deixar batido, recebo com satisfação o novo clip da banda brasileira, recifense, pernambucana Mundo Kaya. É um conjunto que vem seguindo a carreira com muito sucesso e fazendo um trabalho que segue conquistando o público brasileiro. A nova música é uma composição de Marcos Pino. Gostei da musicalidade, dos arranjos e, principalmente da letra. Isso sem falar nas imagens do clip muito bem editado por Elisio, o vocalista da MK. Então, sem mais delongas, fiquem com o clip da banda. Bem...Tá complicado passar o vídeo para esta página. Portanto, procurem a banda no You Tube...A música é....Eu posso Até Parar o Mundo.

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Uma outra ótima notícia para este final de ano de 2008 é sobre o excelente cantor, compositor e instrumentista André Rio. Ele acaba de gravar um CD em homenagem a Enéas do Galo da Madrugada, que morreu este ano. O disco será lançado em 2009, ainda em janeiro, para pegar a efervecência do Carnaval pernambucano e o desfile da maior agremiação carnavalesca do mundo. André também gravou um outro CD, com o Trio Sotaque. Trata-se de um trabalho inspirado nas grandes obras da cultura do Nordeste do Brasil. Título do disco: Rapsódia Nordestina.

12/09/2008

Joy Division fez sua história no rock





A postagem de hoje vai para o meu sobrinho Fernando Jaepelt, um fã do conjunto.

Tudo começou quando Ian Curtis conheceu os restantes membros da banda num concerto de Sex Pistols a 4 de Junho de 1976. O primeiro nome da banda era Warsaw, inspirado numa música de David Bowie "Warszawa". A banda Warsaw teve o seu primeiro concerto a 29 de Maio de 1977 como banda suporte de Buzzcocks e Penetrationno Electric Circus. Já existindo uma banda chamada Warsaw Pakt, decidiram mudar o nome da banda para Joy Division nos finais de 1977, Joy Division era o nome de uma casa de prostituição de uma série chamada The House Of Dolls (1965).

O seu primeiro trabalho de estúdio, já com o nome Joy Division escolhido como o definitivo foi o EP An Ideal For Living (1978), que ainda tinha forte influência do movimento punk. Após entrarem para a editora independente Factory, foi contratado o produtor Martin "Zero" Hannett, que conduziu a gravação do seus dois álbuns de estúdio e influenciou a sonoridade da banda ao introduzir efeitos electrónicos nas músicas. Em princípio o resultado desagradou Bernard e Peter, que preferiam um estilo mais punk; mas teve o respaldo de Curtis. As invenções de Hannett deram certo, e logo toda a banda passou a flertar com a sonoridade electrónica. Em consequência, os Joy Division são tidos até hoje como referência pioneira ao som new wave da primeira metade dos anos 80.

Após as músicas Digital e Glass terem sido lançadas numa colectânea da editora da banda, veio o primeiro álbum da banda, Unknown Pleasures (1979). O disco causou grande alvoroço entre o público e a crítica, devido à sua sonoridade soturna e às letras intimistas. Destaque para as faixas She's Lost Control, Shadowplay, Disorder e New Dawn Fades. Ainda em 1979, eles lançaram seu o primeiro single, Transmission, relativamente famoso em razão da performance que a banda fez em um programa de TV da BBC2.

No ano seguinte, o quadro clínico de Ian piorou, com o agravamento de sua epilepsia e dos problemas conjugais. Ainda assim, Joy Division pôde gravar, em Março, o álbum Closer. No final de Abril, foi lançado o flexi disc de Komakino / Incubation e também o compacto 7" de Love Will Tear Us Apart, que viria a ser a música mais conhecida do conjunto, permanecendo ainda hoje com o fulgor e a excitação que provocou outrora.

Ian Curtis cometeu suicídio em 18 de maio de 1980, um dia antes da viagem do Joy Division para os Estados Unidos, onde fariam sua primeira turnê internacional. Devido a problemas na tiragem, Closer tornou-se um álbum póstumo, só sendo lançado em julho. Neste LP, eles se superaram, com composições que viriam a influenciar todo o post-punk na década de 80. Os temas mais elogiados foram Isolation, Passover, Heart And Soul e Twenty Four Hours. Aliás, o disco conseguiu chegar ao 6º lugar dos tops ingleses e liderou as paradas alternativas.

Em setembro de 1980, a começar pelos single Atmosphere / She's Lost Control (sendo esta refeita, com uma levada mais dançante), vieram os lançamentos póstumos. No ano seguinte, veio o duplo Still, com várias sobras de estúdio e o registro do último concerto do Joy Division. Substance (1988) é uma coletânea de singles e lados B. Permanent, editado sete anos depois, compilou 15 clássicos, mais uma regravação de Love Will Tear Us Apart. Heart And Soul é uma caixa com 4 CD's, que reúnem praticamente tudo que eles gravaram.

Os outros membros da banda formaram os New Order alguns meses depois do suicidio do vocalista Ian Curtis.

A influência do quarteto no rock mundial permanece, como provam bandas como Editors, Plus Ultra, Interpol e Franz Ferdinand, She Wants Revenge, The Killers (que inclusive têm Shadowplay como faixa do album Sawdust), além de serem grandes ídolos de outros artistas, como Trent Reznor, o homem Nine Inch Nails, Thom Yorke do Radiohead, Billy Corgan dos Smashing Pumpkins e no Brasil o Renato Russo do Legião Urbana.

O nome Stiff Kittens foi sugerido a Ian Curtis por Richard Boon, empresário dos Buzzcocks, mas a banda o odiou justamente por soar como o nome de um conjunto punk qualquer. À revelia dos integrantes da banda, os membros dos Buzzcocks puseram o nome Stiff Kittens nos cartazes e nos flyers que anunciavam o concerto que fariam juntos no dia 29 de Maio de 1977 e, por essa razão, muitas pessoas acreditam que esta demoninação foi utilizada nessa única ocasião, o que não é verdade. Quando subiram ao palco, o grupo se apresentou à platéia como Warsaw. Portanto, é falsa a afirmação de que algum dia fizeram uso do nome Stiff Kittens.

A banda foi inspirada pela música Warszsawa, do álbum Low de David Bowie, em português significa Varsóvia (capital da Polónia). Porém uma banda londrina, Warsaw Pakt lançou o seu primeiro álbum em Novembro de 1977, então eles decidiram mudar de nome para evitar alguma confusão.

Em Dezembro de 1977 eles decidiram o seu nome definitivo. O nome veio do livro House of Dolls, de Karol Cetinsky. Nesse livro Joy Division (Divisão da Alegria) é o nome dado para a área onde as mulheres judias são mantida prisioneiras e "oferecidas" sexualmente aos oficias nazistas.

Álbuns gravados em estúdio:

Álbuns ao vivo

  • Preston 28 February 1980 - 1999
  • Les Bains Douches 1979 - 2001
  • Fractured Box Set - 2001
  • Re-Fractured Box Set - 2003
  • Let The Movie Begin