4/14/2008

Nem tudo são flores (02)

Eddie Cochran e sua inseparável guitarra Gretsh 6120
Fiquei devendo. Deu uma loucura no blog e o material não foi encaixado. Por isso, hoje é que vou escrever (novamente) a história de dois caras que foram muito amigos nos memoráveis tempos do rock'n'roll dos anos 50.

GeneVincent, Eddie Cochran e a jovem compositora Sharon Sheeley (namorada de Eddie) estavam felizes pelas ruas de Londres. Afinal a pequena turnê dos dois roqueiros no país vinha sendo um sucesso. A garotada estava adorando a presença dos dois amigos em palcos ingleses. Em determinado momento, os três resolveram pegar um taxi. Acenaram. O carro parou e os três embarcaram alegres.
A velocidade do veículo estava acima do normal, os os três não prestaram atenção ao fato, pois continuavam distraídos. Foi então que o automóvel capotou e Eddie Cochran foi jogado para fora do veículo tendo morte imediata. Gene Vincente e Sharon Sheeley escaparam. Para Vincente sobrou apenas uma piora na lesão que tinha na perna que o fizera se desliga-se da Marinha dos EUA.
Edward Ray Cochrane nasceu em Oklahoma City, em Oklahoma, em 31 de outubro de 1938. Ele começou a cantar e tocar ainda adolescente. tinha boa voz e ótima criatividade na guitarra. Então, com 18 anos foi convidado por Boris Petroff para uma participação no filme The Girl Can't Help It, onde interpretou a música Twenty-Flight Rock. Daí para gravar seu primeiro disco fou um pulo.
Entre os seus sucessos estão Sittin in The Balcony, C'mon Everybody e May Way (*) entre outras canções. Mas passou para a história com Summertime Blues, que modelou o rock dos anos 60, tanto liricamente como musicalmente. Nos 1960 várias bandas gravaram o hit de Cochran. Em 1964 publicaram um álbum pórtumo sob o título My Way.
Enquanto isso, em 11 de fevereiro de 1935, nascia Eugene Vincent Craddock (Gene Vincent), começou a carreira artística tocando em bandas de músicas country, em Norfolk, Virginia. Ele não pensava e ser músico profissional e se alistou na Marinha, mas a vida no mar durou pouco, pois ele logo deu baixa devido a uma grave lesão na perna. Foi então que procurou as gravadoras que vinham lançando discos de rock e assinou com a Capitol Records, com sua banda de apoio The Blue Caps. Gene Vincent gravou muitos sucessos como Bluejean Bop, Rice With The Devil e Baby Blue. Mas nada comparado ao estrondoso sucesso Be-Bop-A-Lula.
Gene Vincent sem os Blue Caps

Vincente estava naquele acidente de trânsito em Londres, no dia 17 de abril de 1960. Ele escapou, mas a perca do amigo de uma forma tão violenta e trágica, o deixou sofrendo de depressão e, com o desastre sua perna piorou, o que o obrigava a tomar analgésicos. Ao mesmo tempo roqueiro passou e beber e tornou-se um alcóolotra. Em meados dos anos 60 Gene Vincent já tinha perdido a popularidade (muito embora ingleses e franceses lhe permanecessem fiéis), e passou os últimos anos de sua vida afundado na bebida. Morreu na Califórnia, em 1971, de cirrose gástrica.
(*) A canção My Way que Eddie Cochran gravou, não é a mesma que fez sucesso no vozeirão de Frank Sinatra. Aliás, a canção é do cantor francês Claude François, e recebeu o título de Comme D'Habitude, gravada em 1967. O cantor e compositor Paul Hanka, muito vivo, tratou de fazer uma versão em inglês para Frank Sinatra cantar, e batizou a música de My Way. Ganharam muito dinheiro: Claude François, Anka e, lógico, Frank Sinatra.

PENSAMENTO MUSICAL
"Ah! Mas que suheito chato sou eu. Que não acha nada engraçado. Macaco, praia, jornal, tobogã...Eu acho tudo isso um saco". (Raul Seixas)

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