1/31/2008
Atenção!Atenção! Nativos de plantão! O Carnaval chegou e eu já decedi qual vai ser a minha fantasia. Será Abre que Eu Entro. Então, cuidado com o cara aqui! Mudando de assunto, saindo de Momo para Roberto Carlos Brega (ôpa! quero dizer Braga), o artista está com um projeto para gravar um CD sertanejo, é mole? Da rock da Jovem Guarda, para as canções sentimentais, e agora a música do time de Bruno & Marrone, Leonardo, Daniel e outros caras mais. Vai ver que ele gostou da experiência com Xitão & Xororó (eu gostei, viu?). Tudo bem, é o Rei e pode fazer o quiser depois de nos dar tantas e tantas canções lindíssimas. AH! Bebeto agora já olha para um gato preto, mas perde o sono com o número 13. Tem problema não, RC, manda o 13 pro Zagallo que ele adora.
Lá vem o perceiro do Roberto... E que parceiro! É o Erasmo Carlos, que tem um blog pra lá de porrada. Chama-se Coqueiro Verde. E olha só os clipes que Erasmo botou para o internauta baixar: Carl Perkins, Paul McCartey (cantando rock das antigas), Roy Orbinson, Andrea Bocelli, Fats Domino, The Who (do show do ano passado) e The Ataris. Dá-lhe Tremendão! Tamos agurdando o romance que você tá escrevendo. Já separei a grana no bolso de um velho paletó!
Falando mais: depois do sucesso nos EUA, Portugal, Espanha, Milão, Londres, Irlanda, Liverpool, Escócia e Brasil, os Mutantes deram um tempo. Arnaldo caiu fora, assim como a tesuda da Zélia Duncan. Mas Sergio Dias Baptista e o baterista Dinho vão continuar com o time de músicos, e os Mutantes estarão de volta este ano. Por enquanto Serginho está trabalhando com Tom Zé nas composições que farão parte do novo disco dos Mutantes. Vai ser demais, pra lá de demais, principalmente com a participação do graannnddee TOM ZÉ. Valeu, abre que eu entro. Boto e só tiro depois do carnaval (a fantasia). O chato se despede! Lá vou eeuuuuuuuu!
PENSAMENTO MUSICAL
"Príncipe do Sol. Me dá um beijo. Na tua boca cor de maçã. Romã d'angola, flor do Caribe, do xique-xique, do cabotã. Príncipe brilhante. Corpo moreno. Tu és ciúme, és feitiço, és o mar". (Geraldo Azevedo-Carlos Fernando)
1/30/2008
Saudade do Seu Luiz
Hoje me bateu uma saudade danada de Luiz Gonzaga. Só conheci o velho Lua quando ele já caminhava para a reta final de sua vida. Eu costumava visitá-lo em seu apartamento, em Boa Viagem. De vez em quando eu pintava por lá no final da tarde, ou então quando terminava meu expediente no Diario de Pernambuco.
Sua segunda mulher, Deuzuita, ficava ao seu lado no sofá da sala enquanto nós trocávamos idéias sobre a vida e o forró. Seu Gonzaga estava mal, mas fazia questão de manter a pose. Às vezes, quando eu chegava, ele me chamava para o quarto. Um dia, lá estava ele, encolhido sobre a cama, sentindo muitas dores: "Meu filho, hoje não estou me sentindo bem. Dá pra você me ajudar a sentar na cadeira de rodas?". Com esforço, consegui colocá-lo na cadeira, e ele me pediu que o levasse até o janelão que dava para o jardim do prédio. Naquele dia chovia muito, e quando ele sentiu o cheiro de terra molhada, fez um grande esforço e ficou de pé, com os olhos marejados de lágrimas: "Estou com saudade da minha Exu... Acho que vou até lá", disse ele, enxugando o rosto.
Algumas semanas se passaram quando me avisaram que Luiz Gonzaga faria um show no Teatro Guararapes do Centro de Convenções. Seria sua última aparição em público, mas o velho Gonzaga não sabia, ou não aceitava a situação. Ainda sonhava com os shows que realizaria pelo Nordeste. Eu fiquei nos bastidores e vi Gonzagão chegar sentado na cadeira de rodas. Ele trincava os dentes e gemia baixinho. Nos bastidores tinha uma multidão de jornalistas, amigos e parentes, e ele, embora sofrendo, abria-se num largo sorriso.
Nos camarins, lotado de gente, caí na besteira de perguntar: "O que o senhor acha do show, Seu Luiz". E ele: "Como posso achar alguma coisa se nem fiz o show ainda?". Todo mundo caiu na maior risada. Fiquei calado, olhando para o velho Gonzaga, que se preocupava com o público: "Tem muita gente? Será que vai encher?". O espetáculo foi legal, com participações especiais de vários artistas. Depois do espetáculo, me mandei sem falar com ele. Semanas depois soube que ele estava internado no hospital. "Como eu queria ter conhecido Seu Luiz bem antes da doença lhe tomar conta do corpo", pensei. Mas, valeu muito conhecer o Rei do Baião. Foi uma lição de vida para mim.
Sua segunda mulher, Deuzuita, ficava ao seu lado no sofá da sala enquanto nós trocávamos idéias sobre a vida e o forró. Seu Gonzaga estava mal, mas fazia questão de manter a pose. Às vezes, quando eu chegava, ele me chamava para o quarto. Um dia, lá estava ele, encolhido sobre a cama, sentindo muitas dores: "Meu filho, hoje não estou me sentindo bem. Dá pra você me ajudar a sentar na cadeira de rodas?". Com esforço, consegui colocá-lo na cadeira, e ele me pediu que o levasse até o janelão que dava para o jardim do prédio. Naquele dia chovia muito, e quando ele sentiu o cheiro de terra molhada, fez um grande esforço e ficou de pé, com os olhos marejados de lágrimas: "Estou com saudade da minha Exu... Acho que vou até lá", disse ele, enxugando o rosto.
Algumas semanas se passaram quando me avisaram que Luiz Gonzaga faria um show no Teatro Guararapes do Centro de Convenções. Seria sua última aparição em público, mas o velho Gonzaga não sabia, ou não aceitava a situação. Ainda sonhava com os shows que realizaria pelo Nordeste. Eu fiquei nos bastidores e vi Gonzagão chegar sentado na cadeira de rodas. Ele trincava os dentes e gemia baixinho. Nos bastidores tinha uma multidão de jornalistas, amigos e parentes, e ele, embora sofrendo, abria-se num largo sorriso.
Nos camarins, lotado de gente, caí na besteira de perguntar: "O que o senhor acha do show, Seu Luiz". E ele: "Como posso achar alguma coisa se nem fiz o show ainda?". Todo mundo caiu na maior risada. Fiquei calado, olhando para o velho Gonzaga, que se preocupava com o público: "Tem muita gente? Será que vai encher?". O espetáculo foi legal, com participações especiais de vários artistas. Depois do espetáculo, me mandei sem falar com ele. Semanas depois soube que ele estava internado no hospital. "Como eu queria ter conhecido Seu Luiz bem antes da doença lhe tomar conta do corpo", pensei. Mas, valeu muito conhecer o Rei do Baião. Foi uma lição de vida para mim.
1/29/2008
Satélite contaminado e ditadura mangueana
Sai!!! Sai da frente que eu vou me esconder embaixo da cama! Não bastasse a virose, a dengue e febre amarela, além de uma doença que está vindo dos EUA ( que já matou mais de 20 mil pessoas), agora vai cair um satélite contaminado na Terra. Ai, meu Deus! Essa coisa pode cair bem aqui onde moro e afetar meu sistema nervoso central(é o que diz a moça da TV). Se acontece, pode rolar um revertério e eu pensar que me tornei Jairo Negão. Já pensou eu pensando que sou meu amigo? Sai da frente!
Mundando de satélite para antena parabólica, o manguebeat foi um dos grandes movimento musicais pernambucanos. Fincou suas raízes e deixou seguidores, além de mudar a cara do "rock". Mas, eu nunca gostei do Mangue Beat. Só elogiava porque as emissoras de Tv começaram a me chamar para dar minha opinião nos programas. As rádios também me convidavam. E como eu via aquela onde toda. Aquele paparicado todo. Só dizia "sim".
Mas lá com meus botões dizia que não. Não achava graça naqueles rapazes e moças com chapéu de palha na cabeça. Um dia cheguei junto de uma moiçola e perguntei: " Minha filha, você sabe o que é mangue beat?" Ela: "Sei não". Bom desisti de fazer perguntas. Os "mangueiros" eram meio fascistas, totalmente ditatoriais. Quem não tivesse um tambor na banda, tava fora de jogada. Discriminação pura. Não gostei, não gosto e nunca comprei (ou ganhei) um disco dessa turma. Os dois que tinha na cedeteca eu dei presente a um gringo amigo meu. Mas, reconheço o talento e o valor de um Fred 04, de um Chico Science, de um Cordel do Fogo Encantado, pois!
Mundando de satélite para antena parabólica, o manguebeat foi um dos grandes movimento musicais pernambucanos. Fincou suas raízes e deixou seguidores, além de mudar a cara do "rock". Mas, eu nunca gostei do Mangue Beat. Só elogiava porque as emissoras de Tv começaram a me chamar para dar minha opinião nos programas. As rádios também me convidavam. E como eu via aquela onde toda. Aquele paparicado todo. Só dizia "sim".
Mas lá com meus botões dizia que não. Não achava graça naqueles rapazes e moças com chapéu de palha na cabeça. Um dia cheguei junto de uma moiçola e perguntei: " Minha filha, você sabe o que é mangue beat?" Ela: "Sei não". Bom desisti de fazer perguntas. Os "mangueiros" eram meio fascistas, totalmente ditatoriais. Quem não tivesse um tambor na banda, tava fora de jogada. Discriminação pura. Não gostei, não gosto e nunca comprei (ou ganhei) um disco dessa turma. Os dois que tinha na cedeteca eu dei presente a um gringo amigo meu. Mas, reconheço o talento e o valor de um Fred 04, de um Chico Science, de um Cordel do Fogo Encantado, pois!
1/28/2008
Maestro Duda, um dos grandes arranjadores do Brasil
Já faz tempo. Foi quando entrevistei Jorge de Altinho pela primeira vez e ele me falou com entusiasmo dos metais colocados nos arranjos do seu disco de forró. O responsável tinha sido o Maestro Duda (um dos grandes do Brasil).
Ouvi o disco. Gostei. De fato o Maestro Duda tinha oxigenado o forró e lhe dado uma leitura mais dinâmica. Esqueço o nome do álbum, mas foi um dos melhores discos da carreira de Jorge, pois tinha a assinatura de Duda. Conheço o maestro pessoalmente. Além de competente é um genial arranjador. Portanto, não percam a entrevista feita por Antônio Magalhães com o maestro Duda. A matéria está na revista Algomais, do mês de fevereiro. Confiram!
Não vejo o BBB da TV Globo. Receita repetitiva. O importante na "casa" é: quem vai comer quem? Quem é o idiota? Quem é a feia? Quem é o mais vivão? Quem é o mais desejado. Qual a mais piranha? Aliás, pelos comentários, já escolheram a mais nova piranhona do BBB. Vôte! Mas, todo mundo assiste, né? Dá Ibope para a TV mais chata do Brasil. Sorte para quem está lá. Sorte para quem ganha carro e um milhão de reais. Vai nessa! Quem me convence que aqueles votos todos chegam à Globo? Acho uma grande jogada. Pelo menos deviam sortear uns carros para os otários que gastam dinheiro telefonando para eliminar A ou B. Falei! O chato tá caindo fora. Fui!!!!!!!
PENSAMENTO MUSICAL
"Já faz tempo muito tempo que eu não lhe vejo. O meu desejo era rever sua pessoa. Eu tô feliz porque você está boa. Você está boa! Você boa!".
Ouvi o disco. Gostei. De fato o Maestro Duda tinha oxigenado o forró e lhe dado uma leitura mais dinâmica. Esqueço o nome do álbum, mas foi um dos melhores discos da carreira de Jorge, pois tinha a assinatura de Duda. Conheço o maestro pessoalmente. Além de competente é um genial arranjador. Portanto, não percam a entrevista feita por Antônio Magalhães com o maestro Duda. A matéria está na revista Algomais, do mês de fevereiro. Confiram!
Não vejo o BBB da TV Globo. Receita repetitiva. O importante na "casa" é: quem vai comer quem? Quem é o idiota? Quem é a feia? Quem é o mais vivão? Quem é o mais desejado. Qual a mais piranha? Aliás, pelos comentários, já escolheram a mais nova piranhona do BBB. Vôte! Mas, todo mundo assiste, né? Dá Ibope para a TV mais chata do Brasil. Sorte para quem está lá. Sorte para quem ganha carro e um milhão de reais. Vai nessa! Quem me convence que aqueles votos todos chegam à Globo? Acho uma grande jogada. Pelo menos deviam sortear uns carros para os otários que gastam dinheiro telefonando para eliminar A ou B. Falei! O chato tá caindo fora. Fui!!!!!!!
PENSAMENTO MUSICAL
"Já faz tempo muito tempo que eu não lhe vejo. O meu desejo era rever sua pessoa. Eu tô feliz porque você está boa. Você está boa! Você boa!".
1/26/2008
Sou um cara de sorte. Os artistas que iniciaram a carreira com uma entrevista minha, chegaram ao topo. Ela chegou numa certa noite, pouco depois das 19h. Bonita, magrinha, com um belo sorriso, camisa de mangas compridas, calças jeans e um disco da Companhia Click, banda da qual tinha sido vocalista.
Eu digo e ela não acredita. Ela é bonita demais. Trata-se de Daniela Mercury, que começava carreira com um CD cuja a música A Dona Desta Cidade estava estourada nas paradas das rádios pernambucanas. "Você tem fotos de divulgação?", perguntei olhando nos seus olhos. Ela abriu-se num largo sorriso: "Tenho não. O que é que a gente faz". Eu: "Espera um momento". Fui até o departamento fotográfico do DP, peguei uma máquina fotográfica, e eu mesmo tirei algumas fotos.
Depois conversamos. Daniela me falou de sua carreira. Fiz uma pergunta imbecil: " O sobrenome artístico Mercury vem inspirado no Fred Mercury?". E ela, com a maior simpatia do mundo: "Não... É meu sobrenome mesmo". Depois Daniela me disse que faria um show no Recife e outro em Jaboatão Antigo. Pediu minha opinião a respeito da espectativa de público. Eu, com o ar de quem sabe tudo: "No Boa Viagem Praia Clube deve dar fraco. Espero estar errado. Mas, no Jaboatonense vai bombar". Ela sorriu mais uma vez e foi embora.
Fiz a matéria, que saiu no sábado, dia do show. Naquela noite fui conferir o espetáculo da baiana de perto. Não pude entrar. Estava superlotado. Minha filha Simone, que trabalhou na produção, pediu que eu fosse para o Jaboatonense. No domingo, lá fui eu. O clube estava lotado. A dona desta cidade e da outra também, era Daniela. Tempos depois, estou passando por uma banca de revista, e lá estava ela, linda, maravilhosa. Sabe onde: em Nova Iorque. Ave Daniela! mil anos de sucesso pra tu.
PENSAMENTO MUSICAL
"Batemacumba, ê, ê! Batemacumba ôba! Batemacumba ê, ê! Batemacumba ô! Batemacumba, ê, ê! Batmacumba! Batemacumba, ê,ê! Batamacum! Batemacumba, ê, ê! Batman! Batmacumba, ê, ê! Bat! Batmacumba, ê, ê! Ba! (um afoxé danado de bom, de autoria de Jards Macalé. Dá vontade de sair dançando!)
Eu digo e ela não acredita. Ela é bonita demais. Trata-se de Daniela Mercury, que começava carreira com um CD cuja a música A Dona Desta Cidade estava estourada nas paradas das rádios pernambucanas. "Você tem fotos de divulgação?", perguntei olhando nos seus olhos. Ela abriu-se num largo sorriso: "Tenho não. O que é que a gente faz". Eu: "Espera um momento". Fui até o departamento fotográfico do DP, peguei uma máquina fotográfica, e eu mesmo tirei algumas fotos.
Depois conversamos. Daniela me falou de sua carreira. Fiz uma pergunta imbecil: " O sobrenome artístico Mercury vem inspirado no Fred Mercury?". E ela, com a maior simpatia do mundo: "Não... É meu sobrenome mesmo". Depois Daniela me disse que faria um show no Recife e outro em Jaboatão Antigo. Pediu minha opinião a respeito da espectativa de público. Eu, com o ar de quem sabe tudo: "No Boa Viagem Praia Clube deve dar fraco. Espero estar errado. Mas, no Jaboatonense vai bombar". Ela sorriu mais uma vez e foi embora.
Fiz a matéria, que saiu no sábado, dia do show. Naquela noite fui conferir o espetáculo da baiana de perto. Não pude entrar. Estava superlotado. Minha filha Simone, que trabalhou na produção, pediu que eu fosse para o Jaboatonense. No domingo, lá fui eu. O clube estava lotado. A dona desta cidade e da outra também, era Daniela. Tempos depois, estou passando por uma banca de revista, e lá estava ela, linda, maravilhosa. Sabe onde: em Nova Iorque. Ave Daniela! mil anos de sucesso pra tu.
PENSAMENTO MUSICAL
"Batemacumba, ê, ê! Batemacumba ôba! Batemacumba ê, ê! Batemacumba ô! Batemacumba, ê, ê! Batmacumba! Batemacumba, ê,ê! Batamacum! Batemacumba, ê, ê! Batman! Batmacumba, ê, ê! Bat! Batmacumba, ê, ê! Ba! (um afoxé danado de bom, de autoria de Jards Macalé. Dá vontade de sair dançando!)
1/24/2008
DNA cultural? Oposição e outras cositas
Hoje eu estava meio sem assunto até que fui no Hiper e dei uma olhada nas prateleiras de vendas de CD e DVD. Um disco me chamou a atenção, o de Santana, o forrozeiro: foi o título, que Nelson Rodrigues chamaria de "óbvio ululante". Pois o trabalho do cover de Luiz Gonzaga foi "batizado" de Forró Popular Brasileiro. Putz!!!!!!
Pra começar o forró é popular. Ou não é? É brasileiro. É ou não é? O ritmo que consagrou gente como Alcymar Monteiro e Jorge de Altinho, está inserido dentro da Música Popular Brasileira, ou não está? Portanto o título do CD do china foi redundante. Pensar mais da próxima vez, né? E Santana einda adotou o título de cantador...Arre égua!
Sem nada pra fazer ( tem dia que tô assim, com muito trabalho e pouca inspiração) fui ouvir a Rádio Clube AM, no horário que vai das 11h ao meio-dia. A apresentadora estava entrevistando dois prefeitos: um de Goiana e outro de São Lourenço da Mata, e a presidente da Fundarpe. Conversa vai, conversa vem, o comandante do município de São Lourenço disse que não pode contar com o Governo do Estado: gasta no carnaval a grana dos cofres municipais, porque é da oposição. Cultura regional tem oposição? O de Goiana deitava e rolava. Conta com a ajuda da Fundarpe. Cultura regional também é favor ou privilégio?
Bom, mas aí entrou Luciana, a presidente da Fundarpe, e danou-se a falar: cultura regional, resgate, trio elétrico não tá com nada, e depois saiu-se com "o DNA da cultura", o "forum de dabate da cultura regional", a globalização da indentidade cultural, e seguiu por aí. Falou muito e não disse nada. O Governo tem mais é que ajudar todas as cidades no Carnaval e no São João. E, como hoje tô com o diabo recatado, dou por encerrado meu papo furado!!!!!!!!!!!!!
PENSAMENTO MUSICAL
"Eu desconfio dos cabelos longos se você deixou crescer de um ano pra cá. Eu desconfio no sentido estrito, eu desconfio no sentido lato. Eu desconfio de sua cabeça. Eu desconfio é do diabo à quatro" (Alceu Valença)
1/23/2008
Asteróide na cabeça!
Sabe por que o manguebeat deu certo? Porque as bandas eram unidas. Chico Science e Fred 04 queriam a união de todos os que fizessem parte do movimento. Portanto, ninguém criticava ninguém. Esse foi o segredo do sucesso.
Agora, vôte!!!! A turma da catreva fica com picuinha e metendo o cacete gratuito na melhor banda da nova safra de rock do Recife: Asteroide B-612, que tem um futuro brilhante pela frente. A prova é a gravadora Trama ficar da olho no trabalho dos meninos.
No entanto, entrei am alguns sites e fiquei de olhos e ouvidos atentos. Dá dó os Canivetes. Para mim foi uma tortura ouvir, por exemplo, Ando Psicodelico(sic), um amontoado de sons distorcidos e horríveis. Imitação dos Beatles na fase Sgt. Peper's? Não chega a isso, pois os meninos não têm competência para tal. Essa música ficaria bem para fazer tortura na época da ditadura. Haja sufoco!
Negão Blues? O vocalista aos berros, sem sintonia com os instrumentais....Vôte!!! Para dizer que não falei de flores, a música Se o Meu Legal Te Faz Mal está a mais "ouvível", graças ao vocal solo. Por que não deixam o Juvenil cantar todas as músicas? Só não valeu o show do Abril Pro Rock, né? Tirou a camisa e ficou fazendo pose de Serguei. Não é necessário. No mais, não consegui ouvir todas as músicas. Falta muito para os Canivetes chegarem lá. Pra começar, deixar de ralhar com as outras bandas. Ah! Pra não dizer que não perdi a noite, vi duas apresentações da banda Vamoz. Rapaziada boa de palco e de som. No mais, eu tô indo embora. Valeu! Vou tomar o meu Sonil e cair nos braços de Morfeu? Sabem quem é ele? O sono, meu irmão!
PENSAMENTO MUSICAL
"Acabei de dar um chek up geral na situação, o que me levou a ler Alice no País das Maravilhas. Acabei de tomar meu Kilindrox, meu Discomel e outras pílulas mais. Duas horas das manhã...Recebo nos peitos um Plof Pluft 25, e vou dormir quase em paz. E a chuva promete não deixar vestígios". (Raul Seixas)
Agora, vôte!!!! A turma da catreva fica com picuinha e metendo o cacete gratuito na melhor banda da nova safra de rock do Recife: Asteroide B-612, que tem um futuro brilhante pela frente. A prova é a gravadora Trama ficar da olho no trabalho dos meninos.
No entanto, entrei am alguns sites e fiquei de olhos e ouvidos atentos. Dá dó os Canivetes. Para mim foi uma tortura ouvir, por exemplo, Ando Psicodelico(sic), um amontoado de sons distorcidos e horríveis. Imitação dos Beatles na fase Sgt. Peper's? Não chega a isso, pois os meninos não têm competência para tal. Essa música ficaria bem para fazer tortura na época da ditadura. Haja sufoco!
Negão Blues? O vocalista aos berros, sem sintonia com os instrumentais....Vôte!!! Para dizer que não falei de flores, a música Se o Meu Legal Te Faz Mal está a mais "ouvível", graças ao vocal solo. Por que não deixam o Juvenil cantar todas as músicas? Só não valeu o show do Abril Pro Rock, né? Tirou a camisa e ficou fazendo pose de Serguei. Não é necessário. No mais, não consegui ouvir todas as músicas. Falta muito para os Canivetes chegarem lá. Pra começar, deixar de ralhar com as outras bandas. Ah! Pra não dizer que não perdi a noite, vi duas apresentações da banda Vamoz. Rapaziada boa de palco e de som. No mais, eu tô indo embora. Valeu! Vou tomar o meu Sonil e cair nos braços de Morfeu? Sabem quem é ele? O sono, meu irmão!
PENSAMENTO MUSICAL
"Acabei de dar um chek up geral na situação, o que me levou a ler Alice no País das Maravilhas. Acabei de tomar meu Kilindrox, meu Discomel e outras pílulas mais. Duas horas das manhã...Recebo nos peitos um Plof Pluft 25, e vou dormir quase em paz. E a chuva promete não deixar vestígios". (Raul Seixas)
1/22/2008
Zizi Possi, uma estrela que brilha
Tem artista que é um saco. Outros que são simpáticos até demais. Tem aquele que faz o gênero simpatia-marketing (só gosta do povo em cima do palco). Tem outro que é chato, mas a gente gosta, e por aí vai. Uma das cantoras brasileiras de quem mais admiro chama-se Zizi Possi.
Uma vez tava eu lá no Teatro Guararapes do Centro de Convenções, assistindo ao show da cantora. O público, na sua maioria jovem, delirava com as interpretações de Zizi. Quando ela cantou Perigo (perigo é ter você perto dos olhos mas longe do coração...), formou-se um coral de duas mil vozes. Ela foi ovacionada. Porém, a artista não estava legal. Terminado o espetáculo não houve bis. Se mandou para o camarim. Eu corri atrás para entrevistá-la.
Chegando lá, encontrei Zizi Possi aos prantos, com o rosto borrado devido às lágrimas. Seu irmão, produtor e empresário, Possi Netto, não queria que eu ficasse por perto. Mas ela, enxugando o rosto, pediu para que eu sentasse ao seu lado. "Deixa o jornalista ficar". Fiquei quieto, olhando para ela, que se refez, retocou a maquiagem e tomou um calmante. "Tem muita gente querendo autógrafos e falar com você", disse Possi Netto. "Acho que vou dispensar esse pessoal". Zizi: "Não! Sem eles eu não seria ninguém!".
Formou-se uma fila de fãs. Zizi atendeu a todos, autografou os discos, depois jogou-se na cadeira, olhando para mim: "Sabe? Eu vou mudar. Não aguento mais esse tipo de música. Vou reavaliar minha carreira e meu repertório". Eu entendi. Ser popularesca e ganhar dinheiro com aquele gênero de música era demais para ela. "Tá bom, Zizi. Não precisa me dar a entrevista. Eu escrevo apenas sobre o belo show que você nos deu de presente". Ela rebateu: "Não! Você está aqui fazendo o seu trabalho...". Sorri, e apertei sua mão: "Pode deixar, meu trabalho está sendo ótimo". Demos dois beijinhos de despedida e eu fui embora. Muito tempo passou, mas Zizi Possi voltou com toda a sua força artística interpretando músicas belíssimas, inclusive discos com músicas italianas, fazendo turnês pela Europa e Japão. Valeu Zizi!
PENSAMENTO MUSICAL
"Es un amor que nació profundo.Limpio como se vé la Nevada.De misterio está lleno el mundo.No sé que sentirá tu alma. Será sensible como el silencio que domina la montaña". ( Freddy Molina)
Uma vez tava eu lá no Teatro Guararapes do Centro de Convenções, assistindo ao show da cantora. O público, na sua maioria jovem, delirava com as interpretações de Zizi. Quando ela cantou Perigo (perigo é ter você perto dos olhos mas longe do coração...), formou-se um coral de duas mil vozes. Ela foi ovacionada. Porém, a artista não estava legal. Terminado o espetáculo não houve bis. Se mandou para o camarim. Eu corri atrás para entrevistá-la.
Chegando lá, encontrei Zizi Possi aos prantos, com o rosto borrado devido às lágrimas. Seu irmão, produtor e empresário, Possi Netto, não queria que eu ficasse por perto. Mas ela, enxugando o rosto, pediu para que eu sentasse ao seu lado. "Deixa o jornalista ficar". Fiquei quieto, olhando para ela, que se refez, retocou a maquiagem e tomou um calmante. "Tem muita gente querendo autógrafos e falar com você", disse Possi Netto. "Acho que vou dispensar esse pessoal". Zizi: "Não! Sem eles eu não seria ninguém!".
Formou-se uma fila de fãs. Zizi atendeu a todos, autografou os discos, depois jogou-se na cadeira, olhando para mim: "Sabe? Eu vou mudar. Não aguento mais esse tipo de música. Vou reavaliar minha carreira e meu repertório". Eu entendi. Ser popularesca e ganhar dinheiro com aquele gênero de música era demais para ela. "Tá bom, Zizi. Não precisa me dar a entrevista. Eu escrevo apenas sobre o belo show que você nos deu de presente". Ela rebateu: "Não! Você está aqui fazendo o seu trabalho...". Sorri, e apertei sua mão: "Pode deixar, meu trabalho está sendo ótimo". Demos dois beijinhos de despedida e eu fui embora. Muito tempo passou, mas Zizi Possi voltou com toda a sua força artística interpretando músicas belíssimas, inclusive discos com músicas italianas, fazendo turnês pela Europa e Japão. Valeu Zizi!
PENSAMENTO MUSICAL
"Es un amor que nació profundo.Limpio como se vé la Nevada.De misterio está lleno el mundo.No sé que sentirá tu alma. Será sensible como el silencio que domina la montaña". ( Freddy Molina)
1/21/2008
Os Mutantes São Demais!!!
Que Paul Mc Cartney que nada! Que Oasis que nada! Os Mutantes são demais! Assisti ao DVD da banda brasileira em Londres e fui ao êxtase! É pau na cachola de qualquer um. Dá orgulho de ser brasileiro. Foi um dos melhores shows que eu tive o prazer de assistir, e me deliciar. Salve Arnaldo Dias Baptista! Salve Sérgio Dias Baptista! Ave Zélia Duncan! Você esteve demais, garota. Ninguém sentiu falta da ex-Mutante Rita Lee. Salve Dinho! Com a batera simples e dando conta do recado sem muitas firulas. Salve os músicos de apoio e os vocais. Mais uma vez: Os Mutantes são demais! O público que estava lá e lotou o teatro, se rendeu, aplaudiu, pediu bis e ovacionou a performance da banda. Quem viu ao vivo viu, quem não viu não vai ver mais. Zélia e Arnaldo deixaram o grupo, para a surpresa de Sergio Dias Baptista. Mas........Valeu!!!!!
Atenção botocudos de plantão. Atenção aos que têm olhos de seca pimenta. A banda pernambucana Asteróide B-612 caiu nas graças da gravadora Trama. Alguém deu um CD-DVD do grupo a Alceu Valença, que gostou e repassou o disco para Lenine que...Bem. Foi parar na trama. Dá-lhe Asteróide! É Pernambuco na veia. O baterista Petrus e todo sorrisos, e Davi o baixista, manager e produtor do grupo, quase que cai da calçada de tanta alegria. Atenção, os meninos vão fazer show neste carnaval. Imperdível catreva do rock!!!!!
Os diretores das gravadoras estão meios assim, pensativos, ruminando que nem boi. A pirataria invadiu a pista e não tem quem dê jeito. Tem diretor já pensando em gravar o disco e soltar na Internet, mas antes de investir vão fazer um acordo com os artistas: "A gente gasta a grana do estúdio e lança online. Mas vamos querer participar dos lucros dos shows!'. Tão mais do que certos. Terminando, pra não ancher linguiça: Ivete Zagalo, digo, Sangalo, continua cantando as mesmas músicas e dizendo as mesmas coisas durante os shows. Mas a geração axé-lapada-na-rachada-beber-cair-e-levantar vai sempre à loucura. Fui.
Atenção botocudos de plantão. Atenção aos que têm olhos de seca pimenta. A banda pernambucana Asteróide B-612 caiu nas graças da gravadora Trama. Alguém deu um CD-DVD do grupo a Alceu Valença, que gostou e repassou o disco para Lenine que...Bem. Foi parar na trama. Dá-lhe Asteróide! É Pernambuco na veia. O baterista Petrus e todo sorrisos, e Davi o baixista, manager e produtor do grupo, quase que cai da calçada de tanta alegria. Atenção, os meninos vão fazer show neste carnaval. Imperdível catreva do rock!!!!!
Os diretores das gravadoras estão meios assim, pensativos, ruminando que nem boi. A pirataria invadiu a pista e não tem quem dê jeito. Tem diretor já pensando em gravar o disco e soltar na Internet, mas antes de investir vão fazer um acordo com os artistas: "A gente gasta a grana do estúdio e lança online. Mas vamos querer participar dos lucros dos shows!'. Tão mais do que certos. Terminando, pra não ancher linguiça: Ivete Zagalo, digo, Sangalo, continua cantando as mesmas músicas e dizendo as mesmas coisas durante os shows. Mas a geração axé-lapada-na-rachada-beber-cair-e-levantar vai sempre à loucura. Fui.
1/20/2008
Avião por uma boa causa
Carnaval me lembra? Carnaval, lógico. E foi numa semana pré, em plena sexta-feira, que recebi um telefonema de um cantor baiano amigo meu, que estava no Recife para fazer shows durante o período de Momo, na Av. Guararapes. "Wilde? Como vai, meu irmão". Perguntei quem era, e ele se indentificou. A voz não estava legal. Tava meio pastosa. "O que é que você tem,véio?". "Tô precisando de um charuto da erva, meu irmão". Respondeu, respirando fundo. "Ontem saí com o governador e o presidente da Fundação de Culrtura e os caras só enchiam a cara de uísque, Wilde! Não apareceu nenhum fuminho".
Eu fiquei pensando por alguns minutos. Meu amigo estava mal. Precisava urgente de um bom e velho cigarro que não vende em buteco, nem em fiteiro. "Meu irmão, posso abrir um papo bem novos baianos?". "Pode, cara!". Respondi já meio ansioso para salvar o amigo. "Cê pode quebrar esse galho pra mim?". Respondi que sim. Desliguei o telefone. Depois liguei para uns amigos que me podiam arranjar o fumo. Finalmente um deles se prontificou a me arranjar, contanto que eu fosse até o local marcado na cidade. Ele tava tocando numa lancha, entre as pontes da Boa Vista e Duarte Coelho.
Quando me aproximei e subi sobre a grama que margeia o rio, levantei os braços. Lá do barco ele me viu. "Arranjei a mercadoria, Wilde!!!!". Gritou ele pra todo mundo ouvir. Bem, um cara vestido de pirata pegou um bote e veio até onde eu estava. Eu tive que me deitar na grama e estender a mão para pegar o bagulho. Todo mundo com uns olhões arregalados, olhando para mim. Sorri meio sem jeito, guardei o charutaço e me mandei para o hotel. Chegando lá, subi e fui até o apartamento. A mulher dele me recebeu: "Ele tá na cama, e bem mal". Fui até onde meu amigo estava, todo encolhido. Quando estendi a mercadoria ele disse com a voz entrecortada: "Meu irmão! Você conseguiu? Que barato!". Ali mesmo fez um cigarrinho, fumou, tragou e voltou a ficar numa boa. No show daquela noite, que eu assisti, ele estava maravilhoso. Foi um dos melhores shows do carnaval daquela segunda metade da década de 90. Valeu! Uma vez na vida eu servi de avião por uma boa causa.
PENSAMENTO MUSICAL
"Me dá o lenço, Mandarin. Bota um pouquinho desse cheirinho pra mim. Bote, bote, bote mais um bocadinho. Com esse cheiro eu vou pro céu devagarinho". (Jackson do Pandeiro)
Eu fiquei pensando por alguns minutos. Meu amigo estava mal. Precisava urgente de um bom e velho cigarro que não vende em buteco, nem em fiteiro. "Meu irmão, posso abrir um papo bem novos baianos?". "Pode, cara!". Respondi já meio ansioso para salvar o amigo. "Cê pode quebrar esse galho pra mim?". Respondi que sim. Desliguei o telefone. Depois liguei para uns amigos que me podiam arranjar o fumo. Finalmente um deles se prontificou a me arranjar, contanto que eu fosse até o local marcado na cidade. Ele tava tocando numa lancha, entre as pontes da Boa Vista e Duarte Coelho.
Quando me aproximei e subi sobre a grama que margeia o rio, levantei os braços. Lá do barco ele me viu. "Arranjei a mercadoria, Wilde!!!!". Gritou ele pra todo mundo ouvir. Bem, um cara vestido de pirata pegou um bote e veio até onde eu estava. Eu tive que me deitar na grama e estender a mão para pegar o bagulho. Todo mundo com uns olhões arregalados, olhando para mim. Sorri meio sem jeito, guardei o charutaço e me mandei para o hotel. Chegando lá, subi e fui até o apartamento. A mulher dele me recebeu: "Ele tá na cama, e bem mal". Fui até onde meu amigo estava, todo encolhido. Quando estendi a mercadoria ele disse com a voz entrecortada: "Meu irmão! Você conseguiu? Que barato!". Ali mesmo fez um cigarrinho, fumou, tragou e voltou a ficar numa boa. No show daquela noite, que eu assisti, ele estava maravilhoso. Foi um dos melhores shows do carnaval daquela segunda metade da década de 90. Valeu! Uma vez na vida eu servi de avião por uma boa causa.
PENSAMENTO MUSICAL
"Me dá o lenço, Mandarin. Bota um pouquinho desse cheirinho pra mim. Bote, bote, bote mais um bocadinho. Com esse cheiro eu vou pro céu devagarinho". (Jackson do Pandeiro)
1/18/2008
Uma vez rei, sempre rei
Quando se tem carisma tudo fica mais fácil. É o caso do cantor e compositor pernambucano Reginaldo Rossi. Uma vez marquei uma entrevista com ele lá na redação do velho Diario de Pernambuco. No dia, às quatro da tarde, Reginaldo chegou, acompanhado do secretário e de seu motorista. Sentou diante de mim, no aquário (divisória) onde funcionava a editoria de cultura. Quando os jornalistas da redação viram Rossi sentado, a maioria quiz falar com ele. Fizeram uma roda, e haja perguntas e mais perguntas. Só precisei ligar o gravador. Só uma vez ou outra é que lhe fazia uma pergunta. Teve jornalista que não se conteve e correu para a loja de discos para comprar um CD para pedir um autógrafo do Rei Brega. Não precisei me preocupar. A turma perguntou de tudo: economia, política, meio artístico, e segue por aí. O mulherio, óbvio, só perguntavam sobre os amores do Rei.
Terminada a entrevista, Reginaldo se despediu soltando um beijo para todos: " Meus amores!". Disse, com aquela sua voz característica. Descemos, pois eu queria umas fotos com ele numa mesa do Bar Savoy, tomando uma cerveja. Na pracinha do Diario (Praça da Independência) ele foi cercado por mulheres e homens. As meninas de programa disputavam um abraço, um afago, um beijo. Reginaldo atendia, beijando as mãos das meninas, abraçando-as, afagando-lhes os cabelos. Antes de se afastar em direção ao Savoy soltou uma pérola: "Minhas rainhas! Meus amores! Se não fosse vocês eu não seria ninguém!. Nos afastamos com o povo em volta, fizemos as fotos, e Reginaldo foi para seu carro, seguido por homens, mulheres e crianças querendo lhe tocar. Foi uma tarde daquelas. Três dias depois, num domingo, saiu a entrevista, que eu ressaltei como sendo coletiva. Ou não foi?
PENSAMENTO MUSICAL
"Essa história se passou quando deixei meu grande amor. Naquela estação sorrindo. Que dia lindo. Era domingo. E lá se foi meu grande amor. Olha que o trem nem me avisou". (Reginaldo Rossi)
Terminada a entrevista, Reginaldo se despediu soltando um beijo para todos: " Meus amores!". Disse, com aquela sua voz característica. Descemos, pois eu queria umas fotos com ele numa mesa do Bar Savoy, tomando uma cerveja. Na pracinha do Diario (Praça da Independência) ele foi cercado por mulheres e homens. As meninas de programa disputavam um abraço, um afago, um beijo. Reginaldo atendia, beijando as mãos das meninas, abraçando-as, afagando-lhes os cabelos. Antes de se afastar em direção ao Savoy soltou uma pérola: "Minhas rainhas! Meus amores! Se não fosse vocês eu não seria ninguém!. Nos afastamos com o povo em volta, fizemos as fotos, e Reginaldo foi para seu carro, seguido por homens, mulheres e crianças querendo lhe tocar. Foi uma tarde daquelas. Três dias depois, num domingo, saiu a entrevista, que eu ressaltei como sendo coletiva. Ou não foi?
PENSAMENTO MUSICAL
"Essa história se passou quando deixei meu grande amor. Naquela estação sorrindo. Que dia lindo. Era domingo. E lá se foi meu grande amor. Olha que o trem nem me avisou". (Reginaldo Rossi)
1/16/2008
Voltarem, muito obrigado!
Eu fui sócio de uma buate no Recife Antigo. A Cult ficava no primeiro andar de um velho prédio que tinha servido como puteiro nos velhos tempos. A estréia foi numa quarta-feira, quando resolvi que seria o dia da seresta (de quinta a domingo haveria dance para os jovens). Quem veio foi o velho Jamelão, então com 85 anos de idade. No dia marcado o local ficou superlotado. Tinha políticos, artistas, gente da rádio e da televisão, uma ex-miss Brasil e Almira Castilho, ex-mulher de Jackson do Pandeiro. Eu estava ansioso, nervoso, torcendo para que tudo desse certo. O som estava legal no palco improvisado e a turma começou a encher a cara bem cedo.
Em determinado momento, chamei meu filho Petrus, e disse pra ele: "Vai buscar Jamelão no hotel". Ele se mandou, e uma hora depois chegou com o cantor e compositor. Não acreditei no que vi. Jamelão estava alquebrado, mal podendo andar, e subiu as escadarias auxiliado pelo meu pessoal de produção. Pensei comigo mesmo: " Fudeu!". Levei o artista para o escritório e ele estava realmente mal. Sentindo muitas dores. Perguntei: "O que está sentindo, mestre?". Ele respondeu: "É a coluna, meu filho. A viagem de avião só fez piorar tudo. Bota uma cadeira no palco....Aiii! Que dor desgraçada!".
Fui para o salão, fiquei olhando a turma se divertir ouvindo um CD de Jamelão. "Cantar e tocar sentado numa cadeira? Não dá!". Aí deu um estalo: "Vou mandar comprar Voltarem de 100mm". Chamei Petrus e pedi para ele procurar uma farmácia do outro lado da ponte. Meia-hora depois ele chegou com o remédio. Fui correndo para junto de Jamelão: "Mestre, esse remédio vai aliviar suas dores. Eu uso de vez em quando.". Ele olhou para a caixa; "Que remédio é esse?". Eu: "Voltarem. O senhor toma um comprimido". Jamelão animou-se: "Vou tomar logo dois para o efeito ser mais rápido". Botou dois na boca, pegou um copo com água e, pumba! Seja o que Deus quiser.
Ele começou o show sendo ovacionado, sentado na cadeira, mas depois de vinte minutos, se levantou e ficou de pé. Começou a cantar dando uma volta pelo pequeno palco, e fez uma apresentação inesquecível. Quando o concerto terminou, ele foi para o escritório junto com Almira, e os dois derrubaram um litro de uísque. Jamelão saiu da Cult com o sol começando a aparecer e se mandou para o hotel levando a caixa de Voltarem. No final da tarde, meio preocupado, liguei para ele: "Como está se sentindo, mestre? Tudo bem?". Ele me respondeu entusiasmado: "Eu estou muito bem, meu filho. Mas vou levar a caixa de remédio, vou tomar outros comprimidos mas de acordo com a bula, muito obrigado pela dica. No Rio eu vou perocurar meu médico". Nos despedimos e dias depois conversamos também por telefone. Ele não procurou o médico, e dizia estar muito bem graças ao Voltarem.
PENSAMENTO MUSICAL
"Canta, passarinho. Canta miudinho na palma da minha mão. Quero ver você cantando, quero ver você voando da palma da minha mão. Meu alegre coração é triste como um camelo. É frágil que nem brinquedo, é forte como um leão. É todo zelo, é todo amor, é desmantelo. É Querubim, é cão de fogo, é Jesus Cristo. É Lampião". (GA)
1/15/2008
Coçando, por favor.....
Era uma vez uma mocinha que queria viajar. No dia acordou cedo, foi até o banheiro, tomou um longo banho e depois voltou para so eu quarto. Com aquele seu Sorriso Maroto, que lhe era peculiar, viu que estava com Excesso de Bagagem. Não se importou, coçou o Pissirico, vestiu uma Calcinha Preta e depois tirou do guarda roupa uma Saia Rodada. Olhou-se no espelho e viu que estava bem vestida para pegar o taxi e seguir para o aeroporto onde pegaria um dos Aviões do Forró para assistir ao show da banda Asteróide B-612 no Recife. Contei a história do pequeno concerto que não virou canção. Valeu? Acho que valeu, né?
Antes que o metrô pegue a reta, quero agradecer a todos aqueles internautas que costumam entrar neste blog. Sem vocês este blog não existiria. Também quero mandar uma abraço especial ao jovem escritor e jornalista Thiago de Goes, autor dos livros Contos Bregas e Lobas, Deusas e Ninfetas. . Para quem gosta de uma boa leitura....Ah! Imperdível. Thiago também tem um excelente blog: www.contosbregas.zip.net. Falei?
PENSAMENTO MUSICAL
"Eu imagino a solidão que você está tendo. Que lhe entra pela mente e sai pelos olhos. Todo mundo vê o jeito que você está sofrendo. Pelos olhos todo mundo nota. Eu só queria saber o que há por trás da sua mente. É que eu já imagino o que há por trás da sua porta".
( Jorge Mello )
Antes que o metrô pegue a reta, quero agradecer a todos aqueles internautas que costumam entrar neste blog. Sem vocês este blog não existiria. Também quero mandar uma abraço especial ao jovem escritor e jornalista Thiago de Goes, autor dos livros Contos Bregas e Lobas, Deusas e Ninfetas. . Para quem gosta de uma boa leitura....Ah! Imperdível. Thiago também tem um excelente blog: www.contosbregas.zip.net. Falei?
PENSAMENTO MUSICAL
"Eu imagino a solidão que você está tendo. Que lhe entra pela mente e sai pelos olhos. Todo mundo vê o jeito que você está sofrendo. Pelos olhos todo mundo nota. Eu só queria saber o que há por trás da sua mente. É que eu já imagino o que há por trás da sua porta".
( Jorge Mello )
1/14/2008
Vai Que É Mole
Velhinhos do Brasil! Façam a união! Façam amor! Não façam a guerra, mas saiam em passeata protestando contra a discriminação! Puxa! Estou com a cuca fundida. Não bastasse a Claudinha Leite chamar Lulu Santos e Elba Ramalho de "muito idosos da música", hoje apareceu uma jovem dizendo odiar os velhos. A burra, porém simpática moça, esteve num desses programas da tarde, onde vai gente pra lavar a roupa suja em público, e botou pra quebrar: "Você não gosta de velho?", perguntou a apresentadora Márcia Não Sei o Quê. A jovem respondeu: "Eu odeio velhos! Não gosto de cabelos brancos, nem de rugas". Márcia então replicou: "E quando você ficar velha". Ela: "Antes de ficar velha, faço plástica, e antes de ficar bem velha, eu me mato". Todo mundo ficou óóóóóóóóóóóó´! De boca aberta. Pois é. Assim é fa-fe-fi-fó!
Músicas marcam as épocas. Marcam momentos de alegria e de tristeza, ou momentos de prazer. Quem não viaja ao passado quando escuta uma canção? Ou então mentaliza um clip com a pessoa amada ao ouvir determinada composição? Muitas canções marcaram minha vida, porém a que mais me marcou foi Caminhando (ou pra Dizer Que Não falei de Flores, de Geraldo Vandré ). Qual foi a sua? Outro dia, conversando com uma estudante muito assanhada, lhe perguntei qual a música que mais havia marcado sua vida até aquele momento. E ela: "Lapada na Rachada". Eu perguntei o motivo e a moçoila me respondeu: "Porque tocou na rádio quando eu estava transando com meu namorado no motel". Vai que é mole! Vai não, deixa dura mesmo.
Músicas marcam as épocas. Marcam momentos de alegria e de tristeza, ou momentos de prazer. Quem não viaja ao passado quando escuta uma canção? Ou então mentaliza um clip com a pessoa amada ao ouvir determinada composição? Muitas canções marcaram minha vida, porém a que mais me marcou foi Caminhando (ou pra Dizer Que Não falei de Flores, de Geraldo Vandré ). Qual foi a sua? Outro dia, conversando com uma estudante muito assanhada, lhe perguntei qual a música que mais havia marcado sua vida até aquele momento. E ela: "Lapada na Rachada". Eu perguntei o motivo e a moçoila me respondeu: "Porque tocou na rádio quando eu estava transando com meu namorado no motel". Vai que é mole! Vai não, deixa dura mesmo.
Molhado de suor
Alguns dos meus melhores momentos como reporter foi quando me encontrei com o cantor espanhol Julio Iglesias. Naquela época ele era a bola da vez e estava no Recife para fazer um show no Geraldão. Lá fui eu para a coletiva que seria realizada antes do ensaio, na parte da tarde. Cheguei atrasado e Iglesias já estava saindo do palco. Fiquei lé-lé: "Julio! Júlio!", gritei, desesperado. Ele se voltou, olhou pra mim e perguntou o que eu queria.
"Cheguei atrasado para a entrevista coletiva, e agora?". ele me pegou pelo braço, foi até o repórter de uma rádio, pediu para que ele lhe desse o gravador. Ligou o aparelho, colou ao meu, e ligou para gravar. Pronto. Consegui captar tudo o que foi dito durante a coletiva. Agradeci a Júlio Iglesias, que estava de camiseta e molhado de suor. O cara me deu um abraço e me deixou também molhado com o seu suor. Depois se foi, abrindo um sorriso simpático. Eu fiquei ali, olhando a orquestra passando o som e com o suor do cara na minha camisa. Minha mãe era (e ainda é) fã do artista. Fui lá em casa e pedi para ela cheirar minha camisa. Dona Suzete cherou e disse: "Tá cheirando a suor, qual é o problema?". "Problema nenhum, é o suor de Júlio Iglesias misturado com o meu". Ela só acreditou quando lhe passei os convites para o show. Ela vibrou e eu vibrei. Foi um abraço suado que valeu a entrevista, pois. Na hora do show eu estava lá na fila do gargarejo graças ao empresário Pinga. Minha mãe estava no camarote. Valeu ou não valeu o abraço suado?
PENSAMENTO MUSICAL
"Se você demora mais um pouco. Eu fico louco, esperando por você. E digo que não me preocupa. Procuro uma desculpa mas que todo mundo vê. Que é ciúme! Ciúme de você! Ciúme de você! Ciúme de você!!!" . (RC)
"Cheguei atrasado para a entrevista coletiva, e agora?". ele me pegou pelo braço, foi até o repórter de uma rádio, pediu para que ele lhe desse o gravador. Ligou o aparelho, colou ao meu, e ligou para gravar. Pronto. Consegui captar tudo o que foi dito durante a coletiva. Agradeci a Júlio Iglesias, que estava de camiseta e molhado de suor. O cara me deu um abraço e me deixou também molhado com o seu suor. Depois se foi, abrindo um sorriso simpático. Eu fiquei ali, olhando a orquestra passando o som e com o suor do cara na minha camisa. Minha mãe era (e ainda é) fã do artista. Fui lá em casa e pedi para ela cheirar minha camisa. Dona Suzete cherou e disse: "Tá cheirando a suor, qual é o problema?". "Problema nenhum, é o suor de Júlio Iglesias misturado com o meu". Ela só acreditou quando lhe passei os convites para o show. Ela vibrou e eu vibrei. Foi um abraço suado que valeu a entrevista, pois. Na hora do show eu estava lá na fila do gargarejo graças ao empresário Pinga. Minha mãe estava no camarote. Valeu ou não valeu o abraço suado?
PENSAMENTO MUSICAL
"Se você demora mais um pouco. Eu fico louco, esperando por você. E digo que não me preocupa. Procuro uma desculpa mas que todo mundo vê. Que é ciúme! Ciúme de você! Ciúme de você! Ciúme de você!!!" . (RC)
1/12/2008
Cuidado, Alcymar!!
Houve uma época em que eu era muito ligado a Alcymar Monteiro, que na época em que morava em São Paulo chegou a gravar um disco com músicas bregas. Não deu certo.Então ele juntou uma grana e gravou, por conta própria, o que seria o seu primeiro disco de forró. O famoso disco "da pomba na mão". Chegou no Recife com seu trabalho pronto. Foi aí que comecei a trabalhar como seu "marketeiro". Eu ajudava na escolha do repertório (Alcymar já foi mais humilde e aceitava sugestão). Até mudei o título de dois discos.
O primeiro foi quando ele chegou e disse pra mim que o título do novo LP seria Bota Fogo no Fotrró. Eu disse: "Pô Alcymar, tá parecendo o time de General Severiano no forró". "Qual nome eu vou botar, wilde?". Pensei e respondi: "Que tal Portas e Janelas? Não é isso que você vê nas casas quando viaja pelo interior?". Ele correu, ligou pra gravadora e lascou o nome sugerido por mim. De uma outra feita, ele estava sem idéia de título, e eu: "Cara, você não é só um forrozeiro, você é um cantador. Sapeca no álbum o título Cantigas e Cantorias". Ele aceitou, e o trabalho ficou bonito.
Hoje, Alcymar não está conseguindo dar um tiro certo. Seu trabalho caiu muito, e sua interpretação também. O disco em espanhol não deu em nada (pudera, né? O sotaque ficou uma desgraça), mas ele, como gosta muito de se produzir, continua gravando e gravando. É CD de carnaval, de forró e de vaquejada. Mas, por enquanto vai seguindo adiante. Ele merece porque é um cara esforçado. Começou a carreira nos anos 60, cantando em bandas de baile em Fortaleza. Se mandou pra São Paulo, e lá começou sua estrada para o sucesso. Tá caído, mas pode se levantar. Basta ele querer.
PENSAMENTO MUSICAL
"Levava uma vida sossegada. Gostava de sombra e água fresca. Foi quando meu pai me disse um dia: filha, você é a ovelha negra da família". (Rita Lee)
O primeiro foi quando ele chegou e disse pra mim que o título do novo LP seria Bota Fogo no Fotrró. Eu disse: "Pô Alcymar, tá parecendo o time de General Severiano no forró". "Qual nome eu vou botar, wilde?". Pensei e respondi: "Que tal Portas e Janelas? Não é isso que você vê nas casas quando viaja pelo interior?". Ele correu, ligou pra gravadora e lascou o nome sugerido por mim. De uma outra feita, ele estava sem idéia de título, e eu: "Cara, você não é só um forrozeiro, você é um cantador. Sapeca no álbum o título Cantigas e Cantorias". Ele aceitou, e o trabalho ficou bonito.
Hoje, Alcymar não está conseguindo dar um tiro certo. Seu trabalho caiu muito, e sua interpretação também. O disco em espanhol não deu em nada (pudera, né? O sotaque ficou uma desgraça), mas ele, como gosta muito de se produzir, continua gravando e gravando. É CD de carnaval, de forró e de vaquejada. Mas, por enquanto vai seguindo adiante. Ele merece porque é um cara esforçado. Começou a carreira nos anos 60, cantando em bandas de baile em Fortaleza. Se mandou pra São Paulo, e lá começou sua estrada para o sucesso. Tá caído, mas pode se levantar. Basta ele querer.
PENSAMENTO MUSICAL
"Levava uma vida sossegada. Gostava de sombra e água fresca. Foi quando meu pai me disse um dia: filha, você é a ovelha negra da família". (Rita Lee)
1/11/2008
Vixe! Claudia Leite chamou Elba e Lulu de idosos. Eles são?
Ô lasqueira! Estava Cluadia Leite no programa Altas Horas. Ao seu lado Elba Ramalho e Lulu Santos. Com aquele seu jeitão de mulher burra, que tem preguiça de pensar, saiu com uma pérola. Olhou para Lulu, depois olhou para Elba, e disse: "Estou emocionada por estar ao lado de gente tão idosa da música...". Pois é, idosa tudo bem, mas "tão idosa" é de lascar as beiras. Passa a borracha porque cortaram a gafe que não foi ao ar.
Tenho ouvido falar muito na fase pesicodélica de Roonie Von. Não é que a garotada está descobrindo o cantor? A gravadora está lançando seus discos e algumas bandas de rock estão fazendo releituras de algumas músicas daquele período. Ronnie adorou a banda pernambucana Radio de Outono interpretando uma de suas canções. Dá-lhe Ronnie! Você faz parte da história da Música Popular Brasileira.
Rodando! Não é verdade que os Beatles se odiavam. Eles ficaram juntos até o fim da banda. Quando chegavam em um hotem dividiam o mesmo quarto, e quando saíam de férias, viajavam juntos. Toda a história dos quatro músicos está no livro Os Beatles, de Bob Spitz. Quem estiver disposto a dar R$ 100,00 pela obra vai dar uma boa viagem na história do quarteto.
PENSAMENTO MUSICAL
"Se o pecado está sempre ao seu lado, e o diabo vive a lhe atormentar. Chegou a luz no fim de seu túnel, minha filha. O meu cajado vai lhe purificar". (Marcelo-Raul)
1/10/2008
Não Foi como Você Pensou
Quem escuta uma música não imagina como e qual foi a fonte de inspiração. Pois é, cada compositor com suas doideiras que tornam-se poesias puras. Um dos casos mais interessantes é Um Romance que Ninguém Leu, de Reginaldo Rossi. Acho uma bela canção de amor, mas quando estava escrevendo a biografia de Reginaldo, falei sobre o assunto. "Qual foi a mulher que lhe inspirou essa canção?", perguntei. "Não foi mulher nenhuma, Wilde, fiz a música para uma gravadora que havia me dispensado. A música foi feita no banheiro", respondeu ele, com um sorriso. Não é que tem sentido?
Outra que acho muito bonita é Piri Piri, de Paulo Diniz. "Lá, cada amigo é um irmão. Lá, viajante faz parada e se apaixona pelo ar....". Piri Piri é uma pequena cidade do interior do Piauí, e Paulinho fez da música uma declaração de amor pelo local. Aí, um dia, perguntei pra ele sobre ter escrito a canção, e se a cidade era mesmo apaixonante, e se tinha deixado uma namorada por lá. "Wildão (ele me chama assim), sabe que não sei? Eu estava dentro de um ônibus seguindo viagem para o Rio. Estava cochilando quando o motorista gritou: Piri Piri! Quem vai descer?. Me sentei, abri a cortina e vi uma praça com um casal de namorados e uma igreja, depois voltei a me encolher na cadeira. Tempos depois me lembrei da cena e compus a música". É isso aí, nem tudo que parece é como a gente imagina.
Atenção!!! Quem se lembra da banda Casa das Máquinas? Quem não conhece procure no site de busca. Foi um dos grandes grupos dos anos 70. Acabou porque o ex-vocalista Simbas se meteu na briga com um seguraça, logo após uma apresentação, e o cara acabou morrendo. Agora, Netinho reuniu a velha turma e a Casa das Máquinas estréia em fevereiro, fazendo o show da volta. Sem o vocalista Simbas, lógico. Depois, entra em estúdio e grava um disco. Muito boa a notícia.
PENSAMENTO MUSICAL
"Amigo meu, como peixe, de prenda te dou o mar. Da Terra te dou flora, e do espaço o claro luar...Mas não me pergunte nada. Tá tudo boiando no ar. Tudo no ar". (Geraldo Azevedo)
Outra que acho muito bonita é Piri Piri, de Paulo Diniz. "Lá, cada amigo é um irmão. Lá, viajante faz parada e se apaixona pelo ar....". Piri Piri é uma pequena cidade do interior do Piauí, e Paulinho fez da música uma declaração de amor pelo local. Aí, um dia, perguntei pra ele sobre ter escrito a canção, e se a cidade era mesmo apaixonante, e se tinha deixado uma namorada por lá. "Wildão (ele me chama assim), sabe que não sei? Eu estava dentro de um ônibus seguindo viagem para o Rio. Estava cochilando quando o motorista gritou: Piri Piri! Quem vai descer?. Me sentei, abri a cortina e vi uma praça com um casal de namorados e uma igreja, depois voltei a me encolher na cadeira. Tempos depois me lembrei da cena e compus a música". É isso aí, nem tudo que parece é como a gente imagina.
Atenção!!! Quem se lembra da banda Casa das Máquinas? Quem não conhece procure no site de busca. Foi um dos grandes grupos dos anos 70. Acabou porque o ex-vocalista Simbas se meteu na briga com um seguraça, logo após uma apresentação, e o cara acabou morrendo. Agora, Netinho reuniu a velha turma e a Casa das Máquinas estréia em fevereiro, fazendo o show da volta. Sem o vocalista Simbas, lógico. Depois, entra em estúdio e grava um disco. Muito boa a notícia.
PENSAMENTO MUSICAL
"Amigo meu, como peixe, de prenda te dou o mar. Da Terra te dou flora, e do espaço o claro luar...Mas não me pergunte nada. Tá tudo boiando no ar. Tudo no ar". (Geraldo Azevedo)
1/09/2008
Os Leonardos
Quem se lembra? O cantor Leonardo Sullivan, o mano do cantor Michael Sullivan, pode passar para o Guiness Book. Por quê? É que o artista pernambucano começou a carreira como Iveraldo Lima. Depois, nos anos 70, gravou um compacto-duplo (com quatro músicas) com o nome de Lamartine. Lamartine só o Babo, né? Passou o tempo e ele gravou com o nome de Leonardo, e chegou a fazer algum sucesso. Quando surgiu a dupla Leandro & Leonardo, o público pensou que ele tinha feito uma dupla com o irmão. Negativo!!!! Mas, aí o pior aconteceu: morreu Leandro e só ficou seu irmão Leonardo. Dois "Lonardos"? Não podia de jeito nenhum, pois! Nos shows do Leonardo daqui os contratantes começaram a colocar na faixas e cartazes "Leonardo do Recife", mas já tinha o Robertinho do Recife. E agora? Leonardo daqui brigou feio com o Leonardo de lá. Saiu nas revistas, nos jornais, nas rádios, nas emissoras de TV. Porém, o Leonardo daqui perdeu a luta e foi direto pra lona por nocaute técnico. O Leandro de lá tinha registrado o nome solo e o daqui não. A Lei ficou ao lado do irmão do Leandro. Para continuar na pista, no palco e na mídia, Leonardo daqui acrescentou o "Sullivan". Foi o canto do cisne. O que é uma pena, pois o Leonardo daqui é um dos melhores cantores do Brasil. Mas é isso aí, vacilou....dançou.
PENSAMENTO MUSICAL
"No tempo que eu era menino, sonhava tangendo carneiro. Fim de tarde na rede sonhava: belo dia seria vaqueiro. Montaria de pelos castanhos, enfeitados de prata os arreios". (GA)
PENSAMENTO MUSICAL
"No tempo que eu era menino, sonhava tangendo carneiro. Fim de tarde na rede sonhava: belo dia seria vaqueiro. Montaria de pelos castanhos, enfeitados de prata os arreios". (GA)
1/08/2008
Era uma vez os 20 Supersucessos
A maior sacada da Polydisc foi quando Múcio Araújo criou os 20 Supersucessos. Muito dinheiro foi parar nos cofres de João Florentino. Tinha (e ainda tem) artistas para todos os gostos. Às vezes acontecia um descuido ou falta de sensibilidade por parte do senhor Assis, que "selecionava" as canções que entrariam nos discos. Oldair José foi um desses despreparos do Assis, que selecionou os "20 Insucessos" do cantor. Porém, na maioria dos casos, tudo correu a mil maravilhas.
Ouvi dizer que João vai acabar com a Aky Discos (não sei se a Aky Vídeo vai entrar no mesmo barco), e já não era sem tempo. Disco tá caro pra dedéu, e tem os pirateiros fazendo a farra. Mas, com a Internet, e os internautas baixando as músicas de suas bandas e cantores preferidos, não tem mais sentido a Aky Discos continuar. Dizem que Florentino vai agora investir no seu canal de televisão, o Canal 14. a imagem é ruim, mas João Florentino costuma tirar leite de pedras. Vamos nessa, pois se Assis não tinha colírio, João usa óculos escuros.
PENSAMENTO MUSICAL
"Eu não me importo, o que falam de mim. E até gosto quando fazem assim. Pois quando eu passo todos olham e começam a falar. Até sai comentário do meu modo de andar.Mas eu não me importo o fala essa gente, pois eu sou um tipo diferente. Tem muita gente que tem inveja de mim. Por isso falam e me criticam assim... Falem bem ou mal mas falem de mim". (Erasmo Carlos)
Ouvi dizer que João vai acabar com a Aky Discos (não sei se a Aky Vídeo vai entrar no mesmo barco), e já não era sem tempo. Disco tá caro pra dedéu, e tem os pirateiros fazendo a farra. Mas, com a Internet, e os internautas baixando as músicas de suas bandas e cantores preferidos, não tem mais sentido a Aky Discos continuar. Dizem que Florentino vai agora investir no seu canal de televisão, o Canal 14. a imagem é ruim, mas João Florentino costuma tirar leite de pedras. Vamos nessa, pois se Assis não tinha colírio, João usa óculos escuros.
PENSAMENTO MUSICAL
"Eu não me importo, o que falam de mim. E até gosto quando fazem assim. Pois quando eu passo todos olham e começam a falar. Até sai comentário do meu modo de andar.Mas eu não me importo o fala essa gente, pois eu sou um tipo diferente. Tem muita gente que tem inveja de mim. Por isso falam e me criticam assim... Falem bem ou mal mas falem de mim". (Erasmo Carlos)
1/07/2008
Eu, nem pensar!
Como já dizia o famoso pensador Adamastor Palhinha, cofiando os seus grossos bigodes: "Quem nasceu pra urubu, nunca chega a colibri". É o caso da banda pernambucana Os Caniventes, principalmente de um dos seus integrantes Adaltonildo Juvenil, que num show de Lula Cortez ficou vribrando tanto, chamando aos berros Lula e Roger, que a turma foi saindo de fininho. Vamos bajular, mas assim já é demais. Eu, envergonhado com a atitude do garoto, me mandei pra beira do cais. Isso aconteceu em dezembro passado, mas não sai de minha cabeça. O profissional tem que ter maturidade e saber a hora de ficar berrando o nome de seus ídolos.
Plagiando John Lennon
Eu não acredito nos Selvagens
Eu não acredito em Carlos Sales
Eu não acredito em Paulo Almeida
Eu não acredito em João Florentino
Eu não credito no Bispo Edir Macedo
Eu não acredito no Papa
Eu não acredito em Santana (o cover de Gonzagão)
Eu não acredito em Jairo Negão
Eu não acredito em na banda Calypso
Eu não acredito na banda Asa de Águia
Eu não acredito na Globo
Eu não acredito em Galvão Bueno
Eu não acredito em Zé do Carmo
Eu não acredito...........................................................
PENSAMENTO MUSICAL
"Quero a sua risada mais gostosa. Esse seu jeito de achar que vida pode ser maravilhosa".
(Ivan Lin s)
Plagiando John Lennon
Eu não acredito nos Selvagens
Eu não acredito em Carlos Sales
Eu não acredito em Paulo Almeida
Eu não acredito em João Florentino
Eu não credito no Bispo Edir Macedo
Eu não acredito no Papa
Eu não acredito em Santana (o cover de Gonzagão)
Eu não acredito em Jairo Negão
Eu não acredito em na banda Calypso
Eu não acredito na banda Asa de Águia
Eu não acredito na Globo
Eu não acredito em Galvão Bueno
Eu não acredito em Zé do Carmo
Eu não acredito...........................................................
PENSAMENTO MUSICAL
"Quero a sua risada mais gostosa. Esse seu jeito de achar que vida pode ser maravilhosa".
(Ivan Lin s)
1/05/2008
O Kamikaze
Chegou em minhas mãos o livro da cantora Vanuza, Ninguém é Mulher Impunemente, escrito por João Henrique Shiller. Nele os fãs da cantora ficam sabendo de sua trajetória na MPB. Quando Vanuza começou a carreira profissional a Jovem Guarda já estava acabando. Mas, o que me chamou a atenção, foi o envolvimento dela com o poeta, compositor e excelente cantor Antônio Marcos, com quem teve duas filhas.
Toninho era um kamikaze. Vivia bêbado o dia inteiro e em determinada época passou a cheirar coca. Lógico que o seu fígado não aguentou e a cirrose epática lhe atacou. Pelo que eu li, ele não se importava coma vida. Era um homem simpático, bonitão tipo galã, mas queria morrer. Certa feita Vanuza lhe intimou: "Você tem que escolher. Ou sua família ou a bebida". Antõnio Marcos respondeu, na frente das filhas: "Nunca vou deixar de beber". Vanuza assistiu ele se destruindo sem poder fazer nada.
Num determinado momento, Toninho foi interno para fazer exames, pois pensava que estava com câncer. Vanuza, que o amava intensamente pegou os resultados eufórica: "Toninho, você nao tem câncer". E ele: " É uma pena, não é?". Num show beneficiente, que Vanuza produziu, pois ele estava sem fazer shows e sem dinheiro, ela o colocou no camarim e pediu para que ninguém penetrasse no local. Na hora de sua apresentação ele estava bêbado, e teve que cantar ajudado por Raimundo Fagner, que estava participando do evento. Terminado o espetáculo, ele foi se juntar com sua nova mulher, Rose, e voltou alterado, cobrando a grana que lhe haviam prometido. Estava violento, pois havia cheirado muita coca com Rose.
Moral da história: Antônio Marcos não queria viver, e não havia ninguém que o fizesse mudar de idéia. Foi um artista de sucesso, vendeu milhões de discos, mas não estava satisfeito com sua permanência no planeta Terra. Morreu com aquele sorriso maroto que o caracterizava. Foi uma pena, perdemos prematuramente um dos grandes artistas da música brasileira. Quem não souber quem é Antônio Marcos, pergunte ao pai ou ao avô e, se possível, escute suas músicas.
PENSAMENTO MUSICAL
"Eu sou daqui, mas vim de longe. Contando estrelas naveguei na barca grande. Rosa vermelha na lapela. Na madrugada vou andar junto com ela. Tem rosa de cor morena, uma verbena, pte lhe enfeitar. São flores de carne e osso, do meu pescoço, pro seu colar". (Carlos Fernando-Geraldo Azevedo)
"
1/04/2008
Que forrozeiro que nada!
Tem dia que estou sem inspiração para assuntos relativos à música. Hoje é um desses dias, mas vou dar alguns toques. Por exemplo, a Globo prestou homenagem a Luiz Gonzaga, mas não colocou no ar os "medalhões do forró" como Alcymar Monteiro, Jorge de Altinho, Novinho da Paraiba e o cover de Gonzagão, Santana (que não é o roqueiro mexicano radicado nos EUA). A Tv Globo fez muito bem, pois essa turma aí que foi excluída não toca nem em caixinha de fósforos. Portanto, só quem participou do especial foi a turma que realmente toca sanfona e que são, sem dúvida alguma, súditos e seguidores de Luiz Gonzaga.
O forró tem uma mazela que não tem jeito. Agora surgiu uma tal Associação dos Forrozeiros para gerir os negócios do ritmo que consagrou até gente ruim de ritmo. Eles se reuniram, fizeram um projeto, e ganharam apoio do governo do Estado. Quer dizer, para tocar em rádio tem que pagar. Alcymar, que não gosta de associação, muito menos de Jorge de Altinho, correu por fora, premiando o ouvinte com sacos de feijão e fardos de carne de xarque. Pois é, "vale tudo, vale o que vier, só não vale homem com homem, nem mulé com mulé. O resto vale!!!!!".
PENSAMENTO MUSICAL
"Se eu fosse você, não me deixava não. Eu faria até chover pra quem me deu a mão. Eu faria o sol chegar em pleno anoitecer. E o coração pulsar, pra gente não morrer. E descalço dava bico em pedras, e a vida não teria final" (Neneo)
O forró tem uma mazela que não tem jeito. Agora surgiu uma tal Associação dos Forrozeiros para gerir os negócios do ritmo que consagrou até gente ruim de ritmo. Eles se reuniram, fizeram um projeto, e ganharam apoio do governo do Estado. Quer dizer, para tocar em rádio tem que pagar. Alcymar, que não gosta de associação, muito menos de Jorge de Altinho, correu por fora, premiando o ouvinte com sacos de feijão e fardos de carne de xarque. Pois é, "vale tudo, vale o que vier, só não vale homem com homem, nem mulé com mulé. O resto vale!!!!!".
PENSAMENTO MUSICAL
"Se eu fosse você, não me deixava não. Eu faria até chover pra quem me deu a mão. Eu faria o sol chegar em pleno anoitecer. E o coração pulsar, pra gente não morrer. E descalço dava bico em pedras, e a vida não teria final" (Neneo)
1/03/2008
O frevo de Caetano Veloso
Sempre gostei de Caetano Veloso a partir do momento em que ele cantou Alegria, Alegria, num festival de música da Record. Foi um barato! Depois, ele apareceu reovlucionando a estética música interpretando É Proibido Proibir. O público vaiou, xingou, jogou porcarias no palco e Caetano deu um discurso emocionante, com os Mutantes tocando de costas.
Bom, Caeteno e Gilberto Gil foram presos, tiveram as cabeças raspadas e se exilaram em Londres. Tempos depois, em 1972, Caetano Veloso fez um show no Geraldão, no Recife, e eu estava lá, sentado no chão com meu primo, próximo ao tablado que servia de palco. Jards Macalé, enquanto ajeitava o microfone, puxava a fumaça de um cigarro. Tinha pouca gente presente ao concerto. Mas um imbecil, lá das gerais gritou "Macalé, cabra safado!", o desaforo ecoou por todo o Geraldão.
Caetano iniciou o seu show, e várias músicas depois começou a interpretar acompanhando-se no seu violão. Era uma interpretação diferente, com o cantor fazendo uma espécie de aboio com conotação de lamento. Aí, o mesmo cara gritou: "Tá chupando, Caetano?". Foi um suficiente para o tropicalista baiano largar o violão e pedir respeito por Luiz Gonzaga. Ficou de pé quando começou os acordes da guitarra para interpretar o frevo Asa BrancaAtrás do Trio Elétrico. Meu primo tirou a camiseta e jogou para ele, que fez um sinal para que nós fôssemos até o palco. Não deu outra. passei o braço por sobre o ombra de Caetano que passou o braço por sobre o ombro do meu primo. Ele rodava a camiseta no ar enquanto nós três dançávamos o frevo. Foi legal meu primeiro encontro com Caê. Naquela época eu ainda não era jornalista, mas apareci numa foto que o Jornal do Comércio publicou no dia seguinte. Não foi bom?
PENSAMENTO MUSICAL
"Era uma vez um sábio chinês, que sonhou era uma borboleta, voando no espaço, vivendo assim um lindo sonho. Até que um dia ele acordou e para o resto da vida uma dúvida lhe acompanhou. Se ele era um sábio, chinês que sonhou que era uma borboleta, ou se era uma borboleta sonhando que era um sábio chinês". (RS)
Bom, Caeteno e Gilberto Gil foram presos, tiveram as cabeças raspadas e se exilaram em Londres. Tempos depois, em 1972, Caetano Veloso fez um show no Geraldão, no Recife, e eu estava lá, sentado no chão com meu primo, próximo ao tablado que servia de palco. Jards Macalé, enquanto ajeitava o microfone, puxava a fumaça de um cigarro. Tinha pouca gente presente ao concerto. Mas um imbecil, lá das gerais gritou "Macalé, cabra safado!", o desaforo ecoou por todo o Geraldão.
Caetano iniciou o seu show, e várias músicas depois começou a interpretar acompanhando-se no seu violão. Era uma interpretação diferente, com o cantor fazendo uma espécie de aboio com conotação de lamento. Aí, o mesmo cara gritou: "Tá chupando, Caetano?". Foi um suficiente para o tropicalista baiano largar o violão e pedir respeito por Luiz Gonzaga. Ficou de pé quando começou os acordes da guitarra para interpretar o frevo Asa BrancaAtrás do Trio Elétrico. Meu primo tirou a camiseta e jogou para ele, que fez um sinal para que nós fôssemos até o palco. Não deu outra. passei o braço por sobre o ombra de Caetano que passou o braço por sobre o ombro do meu primo. Ele rodava a camiseta no ar enquanto nós três dançávamos o frevo. Foi legal meu primeiro encontro com Caê. Naquela época eu ainda não era jornalista, mas apareci numa foto que o Jornal do Comércio publicou no dia seguinte. Não foi bom?
PENSAMENTO MUSICAL
"Era uma vez um sábio chinês, que sonhou era uma borboleta, voando no espaço, vivendo assim um lindo sonho. Até que um dia ele acordou e para o resto da vida uma dúvida lhe acompanhou. Se ele era um sábio, chinês que sonhou que era uma borboleta, ou se era uma borboleta sonhando que era um sábio chinês". (RS)
1/02/2008
Tá feito veado que viu cachinguelê?
Pois é, não assim, com "cara de veado que viu cachinguelê". Se não tá gostando das músicas nas rádios, principalmente da Recife FM, que só toca bosta de axé, mude de estação ou arranque a tomada como eu faço. Eu, por enquanto escuto a Clube AM.... É que eu gosto de rádio, sou das antiga!!!! Fora isso, tem o disco, o CD, que é democrático, a gente compra o que quer (mesmo pirata), escuta o que quiser e ninguém tem nada com isso.
Por que não bebo nem água em certos bares. Porque tem uns caras que botam aquele som, bem alto, abre as portas do carro, a mala traseira e aumenta o volume estoura tímpanos(de novo?). Aí, aí.....Vem o desfile musical de quinta categoria: Lapada na Rachada, Beber Cair e Levantar... Só de escrever isso meu fígado fica latejando (e fígado lateja?). Então eu evito esse tipo de lugar, passo que nem aquela música de Martinho da Villa: "é devagar, é devagar, é devagar, devagarinho". Sigo em frente e me sento no banquinho do pior buteco para beber minha água, pois buteco só da pobre, e quem tá montado tem uma bicicleta. O mínimo que pinta é um radinho de pilha.
Hoje é dia 02 de janeiro de 2008, do Século XXI!!! Quem diria que eu chegaria aqui trazendo na cabeça estilhaços do Século XX (pô! me senti dinossauro puro). E os estilhaços vêm em forma de canção. Em forma de músicas de Sergio Sampaio, que botou seu bloco na rua. Em forma das músicas de Raul Seixas, como por exemplo Eu Também Vou Reclamar. Em forma de Ovelha Negra, de Rita Lee.
Falando na maga, ela aniversariou no dia 31 dedezembro. Fez 60 aninhos com um puta show em Aracaju, capital de Sergipe.. Já se acabou o tempo em que gente com 60 anos deixava os cabelos branquinhos, tricotava e contava histórias para os netinhos. Rita Lee é demais, é tesuda, é classuda, sabe das coisas. Viva Rita! Viva Lee!
Eu vou morrer ouvindo rock. O que posso fazer? Tá no sangue, véio. Tá na veia! Mas também eu gosto do pessoal da Jovem Guarda, principalmente Renato & seus Blue Caps. Tive o prazer de entrevistar Renato Barros por duas vezes, e assistir a três shows, dançáveis. Mas eu num dancei não. Fiquei ouvindo e vendo os caras. Bom, agora eu vou embora, hoje tô sem inspiração e o velho blog aqui, feito pelo meu genro Flávio Leão, está em alta. Pelo menos para nós dois. Valeu!!! Bye!Bye!Bye! "Eu agradeço pela atenção que você dispensou, muito obrigado e aquele abraço por que eu já vou". Sei que Sami Abou Hana nunva vai ver esse blogão, mas o de hoje vai para ele, que é um homem e um profissional nota 10! Fuiiiiiiiiiiiiiiiiii!
Por que não bebo nem água em certos bares. Porque tem uns caras que botam aquele som, bem alto, abre as portas do carro, a mala traseira e aumenta o volume estoura tímpanos(de novo?). Aí, aí.....Vem o desfile musical de quinta categoria: Lapada na Rachada, Beber Cair e Levantar... Só de escrever isso meu fígado fica latejando (e fígado lateja?). Então eu evito esse tipo de lugar, passo que nem aquela música de Martinho da Villa: "é devagar, é devagar, é devagar, devagarinho". Sigo em frente e me sento no banquinho do pior buteco para beber minha água, pois buteco só da pobre, e quem tá montado tem uma bicicleta. O mínimo que pinta é um radinho de pilha.
Hoje é dia 02 de janeiro de 2008, do Século XXI!!! Quem diria que eu chegaria aqui trazendo na cabeça estilhaços do Século XX (pô! me senti dinossauro puro). E os estilhaços vêm em forma de canção. Em forma de músicas de Sergio Sampaio, que botou seu bloco na rua. Em forma das músicas de Raul Seixas, como por exemplo Eu Também Vou Reclamar. Em forma de Ovelha Negra, de Rita Lee.
Falando na maga, ela aniversariou no dia 31 dedezembro. Fez 60 aninhos com um puta show em Aracaju, capital de Sergipe.. Já se acabou o tempo em que gente com 60 anos deixava os cabelos branquinhos, tricotava e contava histórias para os netinhos. Rita Lee é demais, é tesuda, é classuda, sabe das coisas. Viva Rita! Viva Lee!
Eu vou morrer ouvindo rock. O que posso fazer? Tá no sangue, véio. Tá na veia! Mas também eu gosto do pessoal da Jovem Guarda, principalmente Renato & seus Blue Caps. Tive o prazer de entrevistar Renato Barros por duas vezes, e assistir a três shows, dançáveis. Mas eu num dancei não. Fiquei ouvindo e vendo os caras. Bom, agora eu vou embora, hoje tô sem inspiração e o velho blog aqui, feito pelo meu genro Flávio Leão, está em alta. Pelo menos para nós dois. Valeu!!! Bye!Bye!Bye! "Eu agradeço pela atenção que você dispensou, muito obrigado e aquele abraço por que eu já vou". Sei que Sami Abou Hana nunva vai ver esse blogão, mas o de hoje vai para ele, que é um homem e um profissional nota 10! Fuiiiiiiiiiiiiiiiiii!
Nada a reclamar!!!!!!!!
Disco é democrático. Ainda bem. A gente ouve a merda que quizer, ou não. Mas rádio é de lascar as beiras. A Recife FM, por exemplo, só toca axé na maioria da sua programação. Parece até que o velho jabá voltou para ficar (de novo?). Haja porcaria no dial, e eu por preguiça não mudo de estação. Assim é fó! Mas, tem nada não, a Clube AM preenche o espaço com uma boa programação. É isso aí, quando não tem jeito eu não desligo o botão....Arranco a tomada! É isso aí, valeu!!!!! "Eu agradeço pela atenção que você dispensou. Muito obrigado e aquele abraço porque eu já vou". Fuuuiiiiiii!
Maluco Beleza
"Lá vou eu de novo, meio assustado com Ali Babá e os 40 ladrões. Já não querem nada com a Pátria amada, e a cada dia enchendo os meus botões....Lá vou eu de novo, se eu não morro eu mato essa desnutrição, essa teimosia brava de guerreiro é que me faz o primeiro dessa procissão...". Pois, estou aqui outra vez, e de novo para falar de Raul Seixas.
No último show de Raul, no Recife, ele veio com Marcelo Nova. A parceria daquela época, da segunda metade dos anos 80 (século passado!!! Vôte!!!), resultou no disco Panela do Diabo, gravado pela dupla. O telefone tocou na redação, atendi. Era Ivan Viana, um dos produtores que estava trazendo Raul e Marcelo para o palco do Centro de Convenções: "Oi, Wilde! Você tá querendo entrevistar Raul, né? Mas o homem tá ruim. Lá no hotel ele já bebeu um litro de uísque... Ele tá acabado, cara! Tá muito inchado...Vai topar?". Pensei um pouco, meditei, e respondi: "Valeu, Ivan! Mas prefiro guardar a imagem de Raul como ele era antigamente". Agradeci e desliguei.
De noite eu estava lá no show. Com gravador e algumas capas de discos. Se desse pediria um autógrafo. Em determinado momento (depois de Marcelo Nova se apresentar sozinho) Raul apareceu. Bastante inchado, cantando mal, mas deixando seu público, que era grande naquela memorável noite, cantar com ele Maluco Beleza. Delírio total. Raul ovacionado. Show terminado passei pela lateral do palco. Vi Raul, jogado numa cadeira, de cabeça baixa, absorto, sem querer saber o que estava acontecendo em volta. Desisti mais uma vez. Fui embora satisfeito com o show. Para mim Raulzito continuava sendo o mesmo.
No último show de Raul, no Recife, ele veio com Marcelo Nova. A parceria daquela época, da segunda metade dos anos 80 (século passado!!! Vôte!!!), resultou no disco Panela do Diabo, gravado pela dupla. O telefone tocou na redação, atendi. Era Ivan Viana, um dos produtores que estava trazendo Raul e Marcelo para o palco do Centro de Convenções: "Oi, Wilde! Você tá querendo entrevistar Raul, né? Mas o homem tá ruim. Lá no hotel ele já bebeu um litro de uísque... Ele tá acabado, cara! Tá muito inchado...Vai topar?". Pensei um pouco, meditei, e respondi: "Valeu, Ivan! Mas prefiro guardar a imagem de Raul como ele era antigamente". Agradeci e desliguei.
De noite eu estava lá no show. Com gravador e algumas capas de discos. Se desse pediria um autógrafo. Em determinado momento (depois de Marcelo Nova se apresentar sozinho) Raul apareceu. Bastante inchado, cantando mal, mas deixando seu público, que era grande naquela memorável noite, cantar com ele Maluco Beleza. Delírio total. Raul ovacionado. Show terminado passei pela lateral do palco. Vi Raul, jogado numa cadeira, de cabeça baixa, absorto, sem querer saber o que estava acontecendo em volta. Desisti mais uma vez. Fui embora satisfeito com o show. Para mim Raulzito continuava sendo o mesmo.
1/01/2008
Eu e Zé, Zé e Eu
Estava eu, no Teatro Guararapes do Centro de Convenções, sentado na cadeira do imenso teatro vazio, tendo o privilégio de ter Zé Ramalho cantando músicas de Raul Seixas só para mim. Impossível? Mentira? Negativo. Foi verdade sim. Zé estava para fazer um show com Geraldinho Azevedo, e lá fui eu entrevistar os dois. Geraldinho não havia chegado, ou tinha saído para resolver alguma coisa. Zé Ramalho resolveu passar o som com a banda. Eu fiquei assistindo, e Zé danou-se a cantar músicas de Raul. Uma delícia. Para mim foi show exclusivo.
Terminando: bye!bye! Meus ouvidos estão doloridos por causa da banda Saia Rodada. O gorducho (que canta mal paca) repete beber-cair-e-levantar 40 vezes. Meus tímpanos não aguentaram e eu fui parar no otorrino. E o Dr. diagnosticou: "você está ouvindo muito os Saia Rodada". A Taça Merdeka de hoje vai para o cantor e a banda inteira. Fim de papo!
Rock Brasil
O primeiro rock gravado por brasileiros foi com Tony Campelo? Celly Campelo? Sérgio Murilo? Não. O primeirissimo rock gravado no Brasil foi por Nora Nei, uma cantora de bolero, em 1958. A música? Rock Around The Clock, da banda americana Bill Halley an The Comets. Quem fez mais sucesso no Brasil, Bill ou Nora. Acertou que respondeu Nora. É isso aí, o rock tem razões que a própria razão desconhece, pois.
Mas, quem realmente gravou rock com sotaque brasileiro (e em português) foi Celly Campelo, naquela segunda metade da década de 50 (pô! do século passado). Banho de Lua, a música, foi um sucesso arrasa quarteirão. Bem, depois não teve mais graça, pois um tal de Sergio Murilo, com a sua Marcianita, se tornou o astro do rock Brasil. Daí pra frente a linhagem roqueira foi aumentando até desaguar na época atual. Porém, o rock brasileiro de todos os tempos chama-se Rua Augusta, composta pelo velho Hervê Cordovil para o seu jovem filho Ronnie Cord gravar. Explosão de 102,33 megatons. É isso aí. Falei? Mas não disse que ainda tem mais.
Mas, quem realmente gravou rock com sotaque brasileiro (e em português) foi Celly Campelo, naquela segunda metade da década de 50 (pô! do século passado). Banho de Lua, a música, foi um sucesso arrasa quarteirão. Bem, depois não teve mais graça, pois um tal de Sergio Murilo, com a sua Marcianita, se tornou o astro do rock Brasil. Daí pra frente a linhagem roqueira foi aumentando até desaguar na época atual. Porém, o rock brasileiro de todos os tempos chama-se Rua Augusta, composta pelo velho Hervê Cordovil para o seu jovem filho Ronnie Cord gravar. Explosão de 102,33 megatons. É isso aí. Falei? Mas não disse que ainda tem mais.
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