O antológico primeiro álbum do Quinteto Violado, lançado em 1972
No domingo dia 20 de abril, tive a satisfação de rever a rapaziada do Quinteto Violado no programa Lance Final, da TV Globo Pernambuco. Foi uma apresentação rápida, com três aparições, mostrando o talento do grupo fundado em 1971. Eles estavam ótimos. Isso me levou a relembrar os velhos tempos, quando tive que pular uma grade do Teatro de Santa Isabel para assistir a um concerto dos Violados. A casa estava lotada, e o show foi inesquecível.
O Quinteto tem uma histórias fonográfica com mais de 47 discos lançados no Brasil e no Exterior. Também realizou turnê pelos quatro cantos do mundo, levando o folk nordestino pra gringo ver, aplaudir e pedir bis. Como esquecer a leitura (definitiva) da música Asa Branca, gravada no primeiro disco lançado pela Philips?
É verdade que o Quinteto se renovou. Colocou os teclados do talentoso Dudu (filho de Toinho Alves, baixista e um dos fundadores da banda juntamente com Marcelo Mello e Fernando Filizola, violonista que havia participado dos Silver Jets nos seus tempos áureos), mas sua essência continuou a mesma. Os tempos são outros, mas a rapaziada do QV soube inovar sem deixar de se comprometer com a música nordestina.
Houve uma época, que para definir a música e os arranjos do Quinteto Violado, Gilberto Gil (sempre ele) afirmou que o grupo era "free-nordestino". Talvez para mostrar que, apesar de direcionar suas canções para a cultura nordestina, seu balanço, seu beat e seus arranjos têm vínculos com a música universal. Por que não? Um exemplo é o disco gravado para homenagear as Ilhas do Cabo Verde, no qual o Quinteto fez a fusão da música nordestina com a cultura musical crioula. O disco é genial.
É preciso não esquecer que o Quinteto Violado inovou e renovou a Música Popular Brasileira a partir do primeiro disco. Com isso influenciou outros músicos, que seguiram a trilha aberta pelos Violados. Um dos que chegaram mais perto desse trabalho fantástico do Quinteto Violado foi a Banda de Pau & Corda, que também lançou bons discos e passou um longo tempo na estrada fazendo turnês pelo Brasil.
Enquanto isso o quinteto ainda está aí. Virou até Fundação Quinteto Violado, para facilitar mais seu trabalho voltado para a cultura nordestina, da qual Pernambuco faz parte. Sempre em busca do regionalismo, a banda prestou uma linda homenagem ao paraibano Geraldo Vandré, com o disco Quinteto Violado Canta Geraldo Vandré. É necessário que o trabalho do Quinteto chegue aos ouvidos dos jovens. Por isso, procure saber mais sobre a banda. Procurem dar valor a quem realmente tem. E, talento, o Quinteto tem pra dar e vender. Viva os Volados! Viva o Quinteto! Viva Pernambuco! Viva o brasil! Agora, o chato tá indo embora. FUUUIIIIII!
PENSAMENTO MUSICAL
"Hei de casar com Maria. Na festa da padroeira. Deixar morrendo de inveja. As moças namoradeiras. Maria tomando banho. Nas águas claras do rio... (Banda de Pau 7 Corda)
4/23/2008
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