4/10/2008

Nem tudo são flores

Hitctie Valens e Buddy Holly (abaixo)

O pequeno avião voava às cegas enfrentando uma tempestade de neve. O piloto e os três passageiros não estavam gostando da sensação de sentir que a aeronave balançava, e além disso não se via nada. Eles sabiam que o avião estava em queda livre. Pouco depois, às 1.05h da manhã aconteceu o choque fatal, com o Beechcraft Bonanza batendo num milharal. Nele estava, além do piloto e de um outro músico, os jovens roqueiros Ritchie Valens e Buddy Holly.
Ricard Steven Velenzuela (Ritchie Valens) nasceu em 13 de maio de 1941, no Vale de São Fernando, Califórnia. Filho de mexicanos, ganhou uma guitarra aos 15 anos, e logo se interessou pelo emergente rock'n'roll. Descoberto por Bob Keane, gravou dois álbuns em sua breve carreira de sucesso. Emplacou três canções nas paradas: Come On Let's Go, Donna (que supostamente foi composta para a sua namorada) e La Bamba (uma adaptação de uma música de domínio público mexicano). Valens conheceu o sucesso aos 16 anos e fez muitos shows. E com isso ganhou muito dinheiro. Ele estava no auge.
Charles Harrin Holley (Buddy Holly) nasceu em 7 de setembro de 1936, em Lubbock, no Texas. Os Holleys era uma família de músicos, e nada mais natural que Buddy seguisse o mesmo caminho. Logo cedo aprendeu a tocar violino, piano e guitarra. Já adolescente cantava numa dupla de música country, e teve a oportunidade de abrir para Bill Halley And The Comets. Foi o começo de uma curta carreira de sucesso.
Assinou um contrato com a Decca Records, mas não deu certo. Ainda não tinha estilo o estilo que o tornaria famoso no mundo. Insatisfeito voltou para Lubbock, onde formou a banda Crickets, passando a gravar um rock com melodias trabalhadas e sofisticadas. Estava muito à frente de sua época. Entre seus grandes sucessos estão That'll Be The Day, Peggy Sue e Not Fade Way. Numa turnê pela Inglaterra, Buddy Holly e os Crickets tiveram na platéia dois adolescentes que um dia revolucionariam o rock: Paul McCartney e Mick Jagger.
Quis o destino que Hitchie Valens e Buddy Holly se encontrassem, fizessem shows numa turnê da gravadora, e pegassem o mesmo avião que teria um roteiro fatal. O acidente aconteceu em 03 de fevereiro de 1959, e ficou conhecido como "o dia em que a música morreu". Holly tinha 22 anos e Valens apenas 17 anos.




Monumento no local da batida

PENSAMENTO MUSICAL
"Vou apertar, mas não vou acender agora. Se segura, malandro, pra fazer a cabeça tem hora" (canta Bezerra da Silva)

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