2/02/2008
Carnaval dos carnavais?
Qual foi o carnaval que mais marcou a minha vida? Às vezes fico pensando nisso. Foi o Carnaval que azarei mais mulheres? Foi o Carnaval que extrapolei e fiquei deitado no meio do salão. Foi o primeiro desfile do Galo da Madrugada? Não. A folia de Momo que mais me marcou foi quando resolvi trabalhar com José Bezerra e Maiéber de Carvalho, no Stúdio 1000, de cinema.
Eles resolveram fazer um documentário para o cinema. Então lá fui eu, contratado para segurar o pau de luz. Eu era o iluminador. Trabalho ruim. Mas nos meus 20 anos o que valia era um crachá da Imprensa, que tinha meu nome batido à máquina no cartão que depois foi plastificado. Trabalhei na Av Dantas Barreto e nos clubes do Recife. No domingo, lá fomos nós para o Clube Português, que estava lotado. Eu com o pau de luz (um T com trave dupla e seis lâpadas de alta potência em cada uma delas) me meti no salão. E Bezerra filmando tudo.
Em determinado momento, quando eu estava no centro do salão hiperlotado, a orquestra atacou de Vassourinhas. Não teve jeito, o povo danou-se a pular e eu, para não cair, pulei também. Só que em determinado momento o tal pau de luz escorregou das minhas mãos e queimou as costas de um cara saradão. Foi horrível ver a cena e o cheiro de carna queimada. Não tive dúvidas: apaguei os spots e me mandei do salão, com Bezerra correndo atrás de mim aos gritos. Pior do que isso, só outro episódio desse, que ficou marcado em minha mente. Um bom Carnaval 2008 para quem ler este blog hoje.
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