O ano era o de 1972. A década mais chata de todos os tempos dava seus primeiros passos. Mas, foi nessa época que apareceu uma dezena de artistas que fizeram a história da Música Popular Brasileira engrenar de vez. Neste ano, a música que tirou o primeiro lugar no Festival Internacional da Canção (FIC) foi Fio Maravilha, de Jorge Ben (jó), interpretada por Maria Alcina.
Maria Alcina: Fio Maravilha
Nesse mesmo espetáculo, no Maracañazinho, quem roubou a cena foi Raul Seixas com sua mistura de baião e rock'n'roll: Let Me Sing. Depois, ninguém segurou o mago, pois todos já sabem o que o rapaz fez. Uma outra música dele foi Eu Sou Eu Nicuri é o Diabo, que foi interpretada pela ótima banda Os Lobos (não confundir com a mexicana Los Lobos). Também foi nesse festival que vários artistas mostraram que estavam ali para ficar. Entre estes Sergio Sampaio com o seu Eu quero É Botar Meu Bloco na Rua. A canção deu fama e dinheiro momentâneo ao cantor-compositor, mas depois ele se tornou maldito. a música foi tocada exaustivamente nas emissoras de rádio do Brasil.
Raul Seixas sem barbicha
Os nordestinos daquela nova geração de cantores-intérpretes foram revelados justamente naquele FIC. Foram os pernambucanos Alceu Valença e Geraldo Azevedo, que entregaram a composição Papagaio do Futuro para o mestre Jackson do Pandeiro interpretar. Do Ceará Raimundo Fagner e Belchior entraram com a canção Quatro Graus, e o coutro cearense Ednardo mandou ver com Bip-Bip. Mas quem levantou o público mesmo foi Raul Seixas, que apareceu com blusão de couro preto, calças também pretas e de couro, e com um topete no melhor estilo Elvis Presley. O gingado de Raulzito fez a platéia dançar e chegar ao delírio.
Sergio Sampaio, o maldito
Olha só algumas gírias daquele início dos 70:
Adoidado: Muito, mas muito mesmo....
Barato: Sensação boa...
Bode: Sensação ruim... ( Ih! Bicho! Deu o bode!)
Sujeira: repressão, entregação... (Cara!!! É sujeira...)
Podes Crer: Exortação de extrema concordância... (um cara conta uma história enorme e o outro fica ouvido. No final, aquele que ouviu o depoimento do amigo concorda com tudo: Podes crer, bicho!).
Querem saber mais? Comprem o Almanaque Anos 70, da Ediouro, escrito por Ana maria Bahiana.
Meu sobrinho Rick nas mãos de Eddie, do Iron. Arte do artista gráfico e agora diretor de animação Wav, que está preparando o desenho animado na base da computção gráfica O Gladiador.
2/06/2009
1/28/2009
Falem bem ou mal, mas falem de mim
Mas vejam só. O blog saiu do ar por algumas horas porque escreveram para o Google dizendo que o seu conteúdo é "questionável". Pois sim. Isso é gente que não sabe o que diz, e portanto não sabe o que faz. O Revival Records jamais publicou inverdades. Tudo o que foi escrito não pode ser questionado por ninguém. Me lembrei agora da velha censura militar, que poldava os pensamentos sem mesmo saber o significado dos mesmos. Por isso eu acredito que este blog está incomodando muita gente que não tem capacidade para fazer algo parecido e fica escrevendo bobagens a respeito das postagens.
Realmente tem momentos que costumo brincar. Um desses momentos foi publicar (e continuarei publicando) uma montagem feito pelo artista gráfico Wav, onde ele me colocou ao lado de John Lennon e Madonna. Três momentos realmente hilários para quem aprecia uma boa leitura e tem humor. Mas, acontece que tem gente que, atingida pela inveja, resolve perturbar com a vida de quem encara esse trabalho de blogueiro muito a sério.
Por isso quero dizer que vou continuar na minha viagem de postar matérias sobre o mundo da música. Quem achar ruim que procure outro blog (têm dezenas falando sobre o mesmo assunto que eu). Porém, acredito que, pelo número de visitantes, que ultrapassou os 60 mil, este blog está cumprindo seu papel de forma exemplar.
Sem mais para o momento (estou pensando em como reformular o blog), adoto as palavras de Oscar Wilde: " Falem bem ou mal, mas falem de mim".
Wilde Portella
1/20/2009
Eu's e Eles
Por que continuo tão ligado na Madonna quando ela escolheu o menino Jesus para tascar um beijão na boca? Não tem nada não. Estou apenas mostrando algumas das artes que meu irmão Wavson (Wav) anda aprontando para este blog aqui.
Enquanto isso, continuo viajando no show de Elton john. Muito bom. Ganhou dos Rolling Stones tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro. O grande lance é que a voz de Elton está ótima e ele tem um time de músicos de primeira. Então sai tudo redondinho. Uma maravilha da grande estrela pop internacional.
****
Enquanto isso vão dando uma olhada e conferindo as artes que Wav (artista gráfico, programador visual e desenhista de mão cheia) fez comigo e a turma de astros. A de John Lennon, por exemplo, eu dei uma viagem ao passado do passado para entervistar o cara via simbiose astral paranormal. Então, o resultado foi a foto pra lá de genial. Vamos nessa? Ah! Também virei estátua. A conversa tá meia assim, doidona e viajada não é? Mas é que eu próprio estou viajadão e não querendo nada com nada. PENSAMENTO MUSICAL
"Não existe nada mais Z do que uma platéia classe A". (Caetano Veloso)
1/13/2009
Roberto Carlos, Rei também na Bossa Nova
Interessante. Quando Roberto Carlos começou sua carreira, queria porque queria cantar Bossa Nova. Com a ajuda de Carlos Imperial (grande Carlos Imperial) gravou um compacto simples com duas canções de Bossa Nova. Chegou a cantar nas boates tradicionais, mas foi rejeitado pelos bossanovistas. Com aquela sua voz Roberto parecia uma cópia de o mestre João Gilberto. Além disso, Roberto vinha de uma família humilde.
Entre os bossanovistas que renegaram Roberto Carlos estavam Ronaldo Bôscoli (que depois, por ironia do destino trabalhou para RC), Carlinhos Lyra, Roberto Menescal e Nara Leão, entre outros não menos famosos que levaram a Bossa Nova para o mundo inteiro ouvir. Mas, um mestre João Gilberto, às vezes entrava na boate que Roberto estava cantando e ficava lá, escondido do público de Roberto, ouvindo-o cantar. E gostava. Um dia, interpelado pelos bossanovistas, João afirmou que gostava de Roberto carlos, que ele cantava bem. Todos ficaram de queixo caído. Afinal não era um qualquer que dizia que Roberto Carlos cantava bem Bossa Nova. Era João Gilberto, o criador da Bossa.
Ano Passado, comemorando os 50 anos de Bossa Nova, convidaram Roberto Carlos e Cateano Veloso para fazerem um especial interpretando canções bossanovistas. O resultado é que Roberto botou caetano no bolso. Interpretou as músicas como ninguém e segurou a herança para si. Roberto é um excelente intérprete. Não foi surpresa vê-lo à vontade cantando músicas de Tom Jobim e João Gilberto. O disco foi lançado. E o tom certo da Bossa Nova está na voz do eterno Rei da Jovem Guarda.
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