4/19/2008

O que aconteceu mesmo nos anos 60?

Woodstock, 1969, ali acabou o sonho da paz, do amor e da flor
Os anos 60 foram revolucionários em todos os sentidos. No Brasil os militares aplicaram o golpe e proclamaram a ditadura como forma e fórmula de governar o país. Na Inglaterra os Beatles e os Rolling Stones, além dos Kinks ditaram as regras do jogo. O rock já não era tão inocente como na década anterior. Houve a renovação da estética e do beat, fazendo o rock'n'roll se tornar mais pop. No final dos 60 aconteceu o Festival de Woodstock, com três dias de música, paz e amor. Com as bandas e cantores arrebentando na sonoridade. Quem esquece a performance de Joe Cocker interpretando With a Little Hel From My Friends? Como ignorar Jimmi Hendrix, o mago da guitarra? E Santana, com sua sonoridade latina fazendo os jovens presentes ao festival chegarem ao êxtase? Woodstock foi uma catarse musical com três dias de chuva, sol e muito som. Foram momentos inesquecíveis que estão registrados em DVD para quem não viue quer se deliciar.
O filósofo pop Tom Wolfe definiu os anos 70, na revista Esquire, como A Década do Eu, do egoísmo, o período do "eu sou eu, mas quem é você?". Não foi por menos que John Lennon, Paul McCartney, Ringo Star e Gegorge Harrison acabaram com os Beatles e cada um seguiu o seu rumo, com Lennon e Mactarney disputando para mostrar quem era o melhor. Simon & Garfunkel também resolveram dar um basta na dupla e foram viver a carreira artística de modo adverso. Simon continuou com a música e Garfunkel foi fazer cinema, ser ator. O quarteto Crosby, Stills, Nash & Young também se separou (havia muito ego pra tanta gente boa no quarteto).
Nos 60, enquanto os Beatles arrebentavam, no Brasil a Jovem Guarda e o Tropicalismo deram uma guinada na Música Popular Brasileira, isso sem contar com a Bossa Nova, que invadiu os quatro cantos do mundo.
Realmente, depois dos anos 60 a turma resolveu se voltar para si mesma. Os anos 70 foram de egoísmo, de um novo individualismo, e os bichos-grilos que haviam sido hipongas nos 60, perderam o rumo de tanto fumo na cabeça. Segundo o presidente da gravadora Columbia, Clive Davis, um "tipo de som absorveu quase tudo dos anos 60". E que em certo sentido "foi uma revolução". Mas que, nos 70, o universo da música "já assimilou e está se expandindo em todas as frentes". segundo ele estava se vendo o indivíduo "emergir de novo e artistas surgirem de todas as áreas musicais". Ainda bem que no Brasil Raul Seixas e Rita Lee seguraram o bastão do rock no Brasil, e na Inglaterra (de novo lá?) surgiram os punks (afinal o rock progressivo é muito chato mesmo).
Nesse início do Novo Milênio o que há de novo na música? Tem Madonna, Michael Jackson, Paul McCartney, Caetano Veloso, Chico Buarque de Hollanda, João Gilberto, Maria Rita, Fernanda Takai, e segue por aí. O resto condensou o que foi feito nos 60, 70 e 80, fizeram uma simbiose e um novo (?) som está aí servido para quem quiser ouvir. Houve a Geração Sanduíche (anos 60), a Coca-Cola (nos 80) e Caras Pintadas (nos 90), agora é a geração lapada-na-rachada (infelizmente). O resto é minoria, pois as rádios (que vivem de jabá) só tocam o que não presta e a juventude (nem toda ela) ruma sem destino e adestrada como macaco.


PENSAMENTO MUSICAL
"Eu vou comprar na feira uma cascavel.Encher os dedos de anel e aprender a dançar rock. Eu vou borrar os olhos todo de carvão. Amossegar um caminhão e vou bater em Nova York. Chegando lá compro uma roupa de cetim. Dessa que rebrilha assim. Que nem galinha Pedrez.
No fim do ano volto nas grana montado. Esnobe e afrescalhado machucando no inglês!..." (Acciolly Netto)

Um comentário:

Catarino disse...

Olá, estou visitando blogs para saber o que estão fazendo.
Gostaria de convidar que visite meu blog.
Usei o forma de comentário, pois não encontrei caixa de recados.
Tenho um ótimo feriadão.